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Em nova rota, Rússia foca em bombardeios no sul e no leste da Ucrânia

Exército russo abandonou Kiev e regiões próximas da capital para concentrar os esforços das tropas em ofensiva nas áreas separatistas

atualizado

Alexey Furman/Getty Images
Um cadáver é visto na estrada entre Myla e Mriia, em 2 de abril de 2022, perto de Myla, região de Kiev, Ucrânia

O sul da Ucrânia está sitiado por tropas russas, e o leste passou a ser alvo de bombardeios massivos. Essa é a nova configuração da estratégia militar do país comandado pelo presidente Vladimir Putin.

O Exército russo abandonou Kiev e regiões próximas da capital para concentrar os esforços das tropas em áreas separatistas pró-Rússia na região de Donbass, onde estão Donetsk e Lugansk, que se autoproclamaram independentes na Ucrânia.

Nos últimos dias, segundo relatos de agências internacionais de notícias, os bombardeios nesses locais aumentaram muito, em preparação para a ofensiva terrestre.

Os russos falam em “libertar” Donbass, o que seria uma forma de, na prática, justificar a anexação do território à Rússia ou a criação de Estados-fantoches.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, em audiência no Congresso norte-americano, comentou a mudança de posicionamento das tropas.

“Putin pensou que poderia tomar rapidamente o controle da Ucrânia, tomar rapidamente o controle da capital. Ele estava errado. Acredito que Putin desistiu dos esforços para capturar a capital e agora está focado no sul e no leste do país”, resumiu.

Ataques

Moradores de Derhachi, no leste do país e próxima à fronteira com a Rússia, fugiram da cidade diante do temor de novos ataques russos indiscriminados.

Mykolayiv, onde três hospitais foram alvejados, e Dnipropetrovsk foram alvo de mísseis russos. Kramatorsk, principal cidade do leste da Ucrânia que permanece sob controle de Kiev, apesar das investidas das tropas de Putin.

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Lá, os ataques, provavelmente com mísseis ou foguetes de longo alcance, destruíram uma escola no centro da cidade, ao lado da sede da polícia. As informações são da agência internacional de notícias AFP.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Volodymyr Zelensky, em 24 de fevereiro. Os ataques não cessam, e nesta sexta-feira (8/4) a guerra completa 44 dias.






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