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Hong Kong anuncia proibição temporária à importação de carne do Brasil

República se une a China, Egito, Chile e União Europeia, que informaram nesta segunda (20/3) o embargo às compras do mercado brasileiro

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1 de 1 carne - Foto: istock

Hong Kong e Suíça se tornaram os mais recentes parceiros comerciais do Brasil a proibir a importação de carne do país após a Operação Carne Fraca da Polícia Federal levantar questões sobre a segurança da indústria nacional do produto.

“Tendo em vista que a qualidade da carne exportada do Brasil é questionada, por prudência, o Centro de Segurança Alimentar suspendeu temporariamente a importação de carnes congeladas e refrigeradas e carne de aves do Brasil com efeito imediato”, informou a agência de Hong Kong em comunicado.

Um porta-voz do centro disse que continuará a manter contato com as autoridades brasileiras para obter informações detalhadas para futuras avaliações.

Berna, na Suíça, não revelou o volume de importação. Mas indicou que seguiu o mesmo padrão adotado pela Comissão Europeia. “Como somos parte da Europa, bloqueamos o mesmo número de empresas que a UE”, disse Stefan Kunfermann, porta-voz do Escritório de Veterinária da Suíça. Berna não faz parte da Comissão Europeia, mas já há anos tem como tradição seguir os mesmos padrões adotados por Bruxelas. Das quatro empresas, duas são de aves, uma de carne bovina e outra de cavalo.

Hong Kong, que é um grande importador de carne brasileira, é o mais recente país a proibir a importação de carne. A China, o Egito, o Chile, além da União Europeia, anunciaram nesta segunda-feira (20/3) medidas para proibir temporariamente as importações do Brasil ou de empresas específicas acusadas pela Polícia Federal de subornar funcionários sanitários por certificados de saúde.

OMC
A contaminação do caso nas relações bilaterais do Brasil já é uma realidade. A partir de terça-feira, o caso chegará ainda à Organização Mundial do Comércio (OMC) e os negociadores brasileiros já foram solicitados a explicar a dimensão do escândalo e como o comércio internacional seria afetado. O caso não será tratado pelos juízes da entidade. Mas em comitês técnicos.

Desde a eclosão do novo caso, os principais parceiros comerciais se mobilizam para levantar o assunto durante a reunião em Genebra. Diversos governos também indicaram que querem pedir reuniões bilaterais com o Brasil nesta semana para obter esclarecimentos sobre a fraude na carne.

O Itamaraty, junto com técnicos do Ministério da Agricultura, se prepara para dar uma resposta, trazendo os detalhes da investigação da PF e tentando reverter os embargos.

Os EUA e outros países disseram que iriam aumentar as inspeções.

Tanto a JBS quanto a BRF têm negado a venda de carne ruim ou de subornar funcionários.

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