Endividamento das famílias aumenta a 57,1% em julho, aponta CNC

Índice havia registrado 56,4%, em junho, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic)

Estadão Conteúdo
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Os brasileiros ficaram mais endividados na passagem de junho para julho, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mostra que o porcentual de famílias com débitos cresceu de 56,4% para 57,1% no período. Na comparação com julho do ano passado, entretanto, houve queda de 0,7 ponto porcentual.

“Apesar de ter aumentado em julho, o porcentual de famílias com dívidas registrou queda na comparação com o mesmo período do ano anterior, apontando um ritmo ainda fraco de concessão de empréstimos e financiamentos para as famílias, mesmo após o processo de queda das taxas de juros”, avaliou o economista da CNC Bruno Fernandes, em nota oficial.

Na direção oposta, houve ligeiro recuo na proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso, que passou de 24,3% em junho para 24,2% em julho. Em relação a julho de 2016, porém, a fatia de consumidores inadimplentes cresceu 1,3 ponto porcentual.

A parcela de famílias que declararam não ter como pagar as dívidas em atraso, permanecendo inadimplentes, caiu de 9,6% em junho para 9,4% em julho, o que ainda representa um aumento de 0,7 ponto porcentual na comparação com julho de 2016.

A proporção de famílias que se disseram muito endividadas subiu de 13,8% em junho para 14% em julho, uma queda de 0,7 ponto porcentual ante julho do ano passado.

O tempo médio de atraso no pagamento de dívidas foi de 63,1 dias em julho de 2017, contra 62,4 dias de julho de 2016. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 32,4% das famílias possuíam dívidas por mais de um ano. Entre aquelas endividadas, 21,6% afirmam ter mais da metade da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.

O cartão de crédito permanece como a principal forma de endividamento (citado por 76,8% das famílias), seguido de carnês (15,4%) e crédito pessoal (11%).

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