Dona do Facebook, a Meta afirmou, nesse domingo (27/2), que descobriu e desativou pontos de interferência e hacking em sua rede. O alvo da ação criminosa era usuários na Ucrânia.
Segundo a empresa, as interferência estavam conectadas a pessoas na Rússia e na Ucrânia, além de um grupo de hackers que acredita-se ter conexões com Belarus.
Uma das ações espalhava links para artigos de notícia falsos que alegavam que a Ucrânia era um “Estado derrotado”, além de mostrar mensagens de apoio ao governo russo, através de perfis falsos. A empresa afirmou que há evidências de que os responsáveis pela operação estejam na Crimeia e que sejam hackers conhecidos por espalhar propaganda contra os inimigos da Rússia.
A Meta afirmou que derrubou a campanha antes que atingisse 5 mil seguidores no Facebook e no Instagram. Outras redes, como Twitter, YouTube e Telegram também eram utilizadas pelos hackers.
Ao The New York Times, uma porta-voz do Twitter afirmou que a empresa já removeu dezenas de contas que participavam da campanha e já bloquearam diversos links. “As contas e links vinham da Rússia e tentavam atrapalhar o diálogo sobre o conflito que acontece na Ucrânia”, disse.

Fumaça é vista subindo por trás de edifícios após bombardeios, em 27 de fevereiro de 2022, em Kiev, Ucrânia. Explosões e tiros foram relatados em torno da capital do país. A invasão da Ucrânia pela Rússia, que matou dezenas de pessoas e é amplamente condenada por líderes americanos e europeus, continuaPierre Crom/Getty Images

O mais jovem membro do parlamento ucraniano, Sviatoslav Yurash, de 26 anos, é visto armado para defender seu país, quando os ataques da Rússia à Ucrânia entraram no quarto dia. Kiev, Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022Aytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images

Uma visão dos danos causados pelo conflito armado entre Rússia e Ucrânia. Imagem mostra a região de Donetsk, no leste da Ucrânia, sob o controle de separatistas pró-russos, em 27 de fevereiro de 2022Leon Klein/Agência Anadolu via Getty Images

Militares ucranianos patrulham durante um toque de recolher. Forças russas continuam avançando no terceiro dia em Kiev, Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022Aytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images

Militares ucranianos patrulham durante um toque de recolher. Forças russas continuam avançando no terceiro dia em Kiev, Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022Aytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images
Alvos militares e políticos
A Meta também divulgou que derrubou uma segunda ação criminosa em suas redes. Dessa vez, a campanha pretendia hackear contas de líderes militares e políticos da Ucrânia, além de pelo menos um jornalista, para espalhar informações falsas.
Os responsáveis, de acordo com a empresa, são do grupo de hackers Ghostwriter, que tem como alvo políticos do Leste Europeu há anos. Em novembro de 2021, a Meta anunciou que descobriu que os criminosos estavam ligados a Belarus, e não à Rússia, como era especulado.
A campanha resultou em diversas contas do Facebook hackeadas e usadas para compartilhar publicações que mostram soldados ucranianos se rendendo.