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De Churchill a Truss: os primeiros-ministros britânicos do reinado de Elizabeth II

Elizabeth II presenciou o governo de 14 primeiros-ministros britânicos até se tornar a primeira monarca a celebrar um Jubileu de Platina

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Max Mumby/Indigo/Getty Images
A Rainha Elizabeth II participa de uma Parada de Lealdade das Forças Armadas nos jardins do Palácio de Holyroodhouse
1 de 1 A Rainha Elizabeth II participa de uma Parada de Lealdade das Forças Armadas nos jardins do Palácio de Holyroodhouse - Foto: Max Mumby/Indigo/Getty Images

A Rainha Elizabeth II presenciou o governo de catorze primeiros-ministros britânicos até se tornar a primeira monarca a celebrar um Jubileu de Platina. De Winston Churchill a recém nomeada primeira-ministra, Liz Truss, a soberana inglesa colecionou relações boas e conturbadas com os políticos de Downing Street durante os 70 anos como monarca.

Elizabeth tinha apenas 25 anos quando assumiu o trono, em 1952. No período, Winston Churchill era o primeiro-ministro da Inglaterra. Apesar de não ter sido responsável por empossar Churchill, por diversas vezes a monarca se referiu ao político como essencial nos anos iniciais do reinado dela.

Com a saída de Churchill, Anthony Eden assumiu o cargo, em 1955. Durante o seu mandato, no entanto, a Inglaterra envolveu-se em um ataque ao Egito juntamente com a França e Israel, mas acabou retirando-se do território após grande pressão dos Estados Unidos e da União Soviética. Em 1957, Eden renunciou por motivos de saúde.

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Entre 1957 a 1963, Elizabeth II empossou Harold Macmillan como primeiro-ministro. O político ficou conhecido por estreitar relações com os presidentes estadunidenses Dwight D. Eisenhower e John F. Kennedy. Além de ter atuado ao lado do russo Khrushchov para amenizar a Guerra Fria. Macmillan renunciou devido ao escândalo político britânico que ficou conhecido como Caso Profumo.

Com a saída de Harold, assumiu Alec Douglas-Home, conservador britânico nascido durante o reinado do rei Eduardo VII. Apesar de ter sido empossado como primeiro-ministro pela rainha da Inglaterra, a reputação de Douglas-Home ficou conhecida pelos dois períodos como ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha do que pela breve passagem por Downing Street.

A rainha foi particularmente próxima de Harold Wilson, primeiro-ministro após a saída de Alec. Ele permaneceu da coordenação do país por dois mandatos — 1960 e 1974. Wilson descreveu em suas memórias que havia uma “intimidade descontraída” entre ele e a monarca britânica.

Em 1970, entre os mandatos de Wilson, Edward Heath passou a comandar o governo britânico. O político era entusiasta da União Europeia e sua maior conquista foi ter negociado, em 1973, a entrada da Grã-Bretanha na comunidade europeia.

Em 1976, James Callaghan assume como primeiro-ministro, sucedendo Harold Wilson. Ele permaneceu no cargo até 1979, quando Margaret Thatcher assumiu o seu lugar. Houve relatos na década de 1980 de que Elizabeth II desentendeu-se diversas vezes com a Dama de Ferro, que governou o Reino Unido por 11 anos.

Com a saída da premiê conservadora, John Major foi empossado pela rainha, dando continuidade às políticas de  Thatcher. Devido a pouca popularidade, Major perdeu, em 1997, as eleições para o candidato Tony Blair, que permaneceu no cargo até 2007.

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O governo de Tony Blair foi marcado por reformas, avanços sociais, criação de um salário mínimo nacional, aumento do poder do governo na Inglaterra, expansão econômica e descentralização com relação a Escócia e ao País de Gales. Além disso, foi Blair quem usou pela primeira vez a descrição “princesa do povo” para se referir à Diana, um título que acabou se tornando popular.

Em 2007, após a saída de Blair, James Gordon Brown foi empossado como primeiro-ministro pela rainha, permanecendo no cargo até 2010. Logo em seguida assumiu David Cameron, lembrado como o responsável por conduzir a retirada do Reino Unido da União Europeia.

Em 2016, a rainha Elizabeth II empossou Theresa May como primeira-ministra, segunda mulher a ocupar o cargo no Reino Unido. No cargo de Chefe de Governo do país, May tomou a frente do processo da saída do Reino Unido da União Europeia — o Brexit, mas foi constantemente derrotada. Em 24 de maio de 2019, ela renunciou.

Em 2019, Boris Johnson tomou posse do cargo desocupado por May. Por diversas vezes Johnson ressaltou ter tido uma boa relação com a rainha apesar de o governo dele ter sido marcado por polêmicas.

Foi durante o governo de Boris que o Reino Unido declarou a saída da União Europeia. Em 2022, após crises no governo e fortes pressões, Johnson renunciou ao cargo.

Três dias antes de morrer, a rainha Elizabeth empossou a última primeira-ministra de seu reinado: Liz Truss.

Veja a lista dos primeiros-ministros no reinado de Elizabeth II:

  • Winston Churchill (1952–1955)
  • Anthony Eden (1955–1957)
  • Harold Macmillan (1957–1963)
  • Alec Douglas-Home (1963–1964)
  • Harold Wilson (1964–1970 e 1974–1976)
  • Edward Heath (1970–1974)
  • James Callaghan (1976–1979)
  • Margaret Thatcher (1979–1990)
  • John Major (1990–1997)
  • Tony Blair (1997–2007)
  • Gordon Brown (2007–2010)
  • David Cameron (2010–2016)
  • Theresa May (2016–2019)
  • Boris Johnson (2019–2022)
  • Liz Truss (2022–presente)

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