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Conflitos na Faixa de Gaza deixam 58 mortos e centenas de feridos

Palestinos protestam contra abertura da embaixada dos EUA, em Jerusalém, e soldados israelenses atiram para evitar “invasões”

atualizado

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MAJDI MOHAMMED/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Protestos contra transferência da embaixada dos EUA
1 de 1 Protestos contra transferência da embaixada dos EUA - Foto: MAJDI MOHAMMED/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Já chega a 58 o número de palestinos mortos durante confrontos com soldados israelenses nesta segunda-feira (14/5), na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel. A comunidade palestina protesta contra a abertura da embaixada dos EUA em Jerusalém, também nesta segunda, e centenas estão feridos em decorrência do enfrentamento com o Exército de Israel.

Desde o início da manhã, milhares de palestinos se reúnem em diferentes pontos nas proximidades da fronteira e pequenos grupos se aproximaram da cerca de segurança guardada por militares israelenses. Os manifestantes tentaram atacar a cerca e atiraram pedras na direção dos soldados, que responderam com tiros sob a justificativa de defender a fronteira de possíveis invasões.

As forças de segurança israelenses estão se preparando para dezenas de milhares de palestinos protestando nesta segunda-feira não só na Faixa de Gaza, que está sob o bloqueio israelense, mas também na Cisjordânia, ocupada contra a abertura da embaixada dos EUA em Jerusalém à tarde.

Alerta
Desde domingo (13), o exército israelense lançou panfletos em Gaza para alertar os palestinos que participam das manifestações do risco de estarem expostos ao perigo e que não permitiria danos à cerca de segurança.

A abertura da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém é um movimento favorável à Israel, pois reconhece a existência do Estado israelense, e deixou os palestinos enfurecidos. A medida abalou o mundo árabe e os aliados ocidentais.

O presidente palestino Mahmoud Abbas chamou a mudança da embaixada de Tel-Aviv para Jerusalém de “tapa na cara” e disse que os Estados Unidos não podem mais ser considerados intermediários honestos em qualquer negociação de paz com Israel.

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