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Nasa anuncia missão para proteger a Terra de asteroides

A missão DART acontecerá no próximo mês e tem como objetivo mudar o curso de um asteroide que está próximo do planeta

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Divulgação/Nasa
A Nasa lançará em novembro uma espaçonave com o objetivo de atingir um asteroide propositalmente
1 de 1 A Nasa lançará em novembro uma espaçonave com o objetivo de atingir um asteroide propositalmente - Foto: Divulgação/Nasa

A Nasa, agência espacial americana, anunciou, na terça-feira (5/10), que lançará uma espaçonave no próximo mês para atingir um asteroide e fazer com que ele mude seu caminho. Esse será o primeiro teste de um método de “defesa planetária” que está sendo aperfeiçoado para impedir que asteroides que têm a possibilidade de causar grandes estragos ou até mesmo a extinção da existência humana cheguem à Terra.

A Nasa ainda informou que o lançamento da missão Double Asteroid Redirection Test (DART) acontecerá à 1h20 (2h20, no horário de Brasília), no dia 24 de novembro. As informações são da BBC.

O lançamento da missão DART ocorrerá no dia 24 de novembro
O lançamento da missão DART ocorrerá no dia 24 de novembro
O maior dos dois asteroides, Didymos, tem 780 metros de diâmetro. Ao redor dele, orbita satélite natural menor, chamado Dimorphos
O maior dos dois asteroides, Didymos, tem 780 metros de diâmetro. Ao redor dele, orbita satélite natural menor, chamado Dimorphos
Didymos e Dimorphos
Didymos e Dimorphos
Quatorze imagens sequenciais de radar Arecibo do asteróide próximo à Terra (65803) Didymos e sua lua, tiradas em 23, 24 e 26 de novembro de 2003
Quatorze imagens sequenciais de radar Arecibo do asteróide próximo à Terra (65803) Didymos e sua lua, tiradas em 23, 24 e 26 de novembro de 2003

Um foguete SpaceX Facon 9 sairá da Base da Força Espacial de Vandenberg, que fica na Califórnia, a cerca de 80 km de distância de Santa Bárbara. Os alvos do veículo serão dois asteroides que orbitam o Sol e se aproximam do planeta de maneira ocasional.

A agência afirmou que eles não representam uma ameaça à Terra, mas que a proximidade de ambos permite que eles sejam candidatos preferenciais para o teste. O cientista da Nasa Thomas Statler disse que a ideia é “garantir que uma rocha vinda do espaço não nos mande de volta à Idade da Pedra”.

O maior dos dois asteroides é o Didymos, que tem 780 metros de diâmetro. O outro satélite natural menor, Dimorphos, orbita ao redor do primeiro e tem cerca de 160 metros de diâmetro. Segundo a agência, Dimorphos é o “mais típico do tamanho dos asteroides que podem representar a ameaça significativa mais provável para a Terra”.

De acordo com Statler, o asteroide “não vai causar um efeito devastador na Terra”. Por isso, a DART será um “teste para garantir que temos as capacidades para deter esse asteroide no futuro, se houver um”.

O objetivo da DART

O intuito é atingir Dimorphos a uma velocidade aproximada de 24 mil km/h e mudar a sua órbita “por uma fração de um por cento”. Apesa de ser uma mudança pequena, ela é significativa o suficiente para que cientistas consigam observá-la por telescópios no planeta.

“A colisão mudará a velocidade da minulua em sua órbita ao redor do corpo principal em uma fração de um por cento, mas isso mudará o período orbital da minilua em vários minutos, o suficiente para ser observado e medido usando telescópios na Terra”, diz a agência através do seu site.

Caso a Nasa consiga detectar algum asteroide que represente risco para o planeta (hipótese que a agência não espera que aconteça pelo menos nos próximos 100 anos, de acordo com Statler), ela tentaria atingi-lo e mudar seu curso, no lugar de tentar destrui-lo por completo.

A espaçonave DART se separará do foguete SpaceX e navegará no espaço por mais de um ano antes de atingir Dimorphos, no final do mês de setembro de 2022. Na ocasião, a dupla de asteroides estará perto o suficiente da Terra, a cerca de 11 milhões de quilômetros, de modo que os cientistas poderão vê-los.

Toda a interação será gravada por um lançamento de satélite italiano de 14 kg da espaçonave. E, apesar de não ter como objetivo mudar o curso de um asteroide que destrua a Terra, essa missão tem “proporções históricas”, diz Statler.

Ele também afirma que será “a primeira vez que a humanidade realmente mudou algo no espaço”. “Deixamos pegadas e marcas de pneus e coisas assim. Mas esta será a primeira vez que a humanidade mudará um movimento celestial”, conclui o cientista.

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