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Cidadãos europeus podem sair do Reino Unido após Brexit, diz ministro

Desejo de reduzir imigração de outros países da UE foi um dos principais motivos que levaram muitos britânicos a votarem no mês passado para o país sair do bloco

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Alguns cidadãos da União Europeia podem ter que deixar o Reino Unido depois que o país sair do bloco, segundo o ministro encarregado de negociar os termos da saída. David Davis disse a um jornal britânico neste domingo (17/7) que quer “uma solução generosa para os migrantes da UE e um acordo generoso para os cidadãos britânicos na UE”.

Ele rejeitou as estimativas que falam em 3 milhões de cidadãos europeus que seriam obrigados a deixar o Reino Unido, mas disse que se houver um fluxo maior de chegadas antes do prazo, o governo britânico pode ter que definir uma data de corte. “Podemos dizer que o direito de residência permanente só se aplica antes de uma determinada data”, disse Davis. “Mas é preciso tomar essas decisões com base na realidade, não na especulação”.

O desejo de reduzir a imigração de outros países da UE foi um dos principais motivos que levaram muitos britânicos a votarem no mês passado para o país sair da União Europeia. Sob as regras do bloco, os cidadãos europeus podem circular livremente entre os Estados membros, e o Reino Unido teve um crescimento populacional intenso com a chegada de centenas de milhares de cidadãos de outros países nos últimos anos.

A primeira-ministra britânica Theresa May tem sido criticada por se recusar a garantir o direito dos cidadãos da UE a permanecer no Reino Unido depois do Brexit – um processo que ainda deve levar mais de dois anos. Ela afirma que precisa garantir o mesmo direito para centenas de milhares de britânicos que vivem em outros países.

Davis acredita que o Reino Unido será capaz de manter o livre acesso ao mercado europeu, mesmo optando por não aderir ao direito de livre circulação de cidadãos. Os líderes da UE dizem que isso é impossível, que a livre circulação de pessoas é um direito fundamental. Mas segundo o ministro, “todos estão firmando posições preliminares”. “É claro que eles estão emitindo opiniões firmes”, disse ele. “Se eu estivesse negociando a compra de sua casa ou de seu carro, a minha primeira oferta não seria minha última, não é?”.

O governo tenta tranquilizar os britânicos sobre a possibilidade de construção de laços comerciais fortes e rentáveis fora da UE. May revelou que conversou ontem com o primeiro-ministro australiano Malcolm Turnbull, e que ele expressou o desejo de um acordo de livre comércio com o Reino Unido o mais rápido possível. “É muito encorajador que um dos nossos parceiros internacionais mais próximos já está buscando estabelecer um acordo” disse May. No entanto, o país não pode fazer novos acordos até que realmente deixe a União Europeia.

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