Chefe de agência norte-americana é demitido após negar fraude eleitoral
Christopher Krebs dirigia a Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura, e foi demitido após afirmar que o pleito foi seguro
atualizado
Compartilhar notícia
O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu o chefe da Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura (CISA), Christopher Krebs. Christopher atuava em coordenação com as autoridades estaduais para garantir a lisura do processo eleitoral estadunidense, e foi demitido porque afirmou que o pleito que deu a vitória a Joe Biden, foi “o mais seguro da história americana”.
Sem apresentar provas, Trump elencou em seu Twitter, uma série de “possíveis fraudes” cometidas na eleição presidencial. A ideia era contestar a afirmação de Krebs, de que a eleição foi legítima e segura. O Twitter, por sua vez, notificou de que o post poderia ser “questionável”:
The recent statement by Chris Krebs on the security of the 2020 Election was highly inaccurate, in that there were massive improprieties and fraud – including dead people voting, Poll Watchers not allowed into polling locations, “glitches” in the voting machines which changed…
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 18, 2020
Logo após a demissão, na terça-feira (17/11), Chris Krebs se defendeu em sua conta no Twitter, afirmando acreditar que desenvolveu sua função da maneira correta.
Honored to serve. We did it right. Defend Today, Secure Tomrorow. #Protect2020
— Chris Krebs (@C_C_Krebs) November 18, 2020
Rumores
Trump já mirava em Krebs antes da votação do dia 3 de novembro, por conta de um site focado em desmentir rumores sobre a eleição.
Mas o que, de fato, pesou para a demissão de Chris, foi uma assinatura conjunta, divulgado na semana passada, na qual a Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura com outras entidades de supervisão das eleições, afirmaram que o pleito foi “o mais seguro da história americana” e que não havia qualquer evidência de fraude, contrariando o discurso de Trump.
Além de Krebs, Bryan Ware, que era diretor-assistente de cibersegurança da mesma agência, Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura, confirmou à Reuters que entregou carta de demissão na quinta-feira (12/11), após a a Casa Branca ter pedido a renúncia.