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Chanceler do Paraguai pede demissão em meio à crise sobre Itaipu

Governo paraguaio decidiu deixar “sem efeito” acordo bilateral com o Brasil para a compra de energia produzida na idrelétrica

atualizado

Reprodução/Twitter

O chanceler do Paraguai, Luis Alberto Castiglioni, apresentou nesta segunda-feira (29/07/2019) sua renúncia ao presidente Mario Abdo Benítez em meio à crise institucional ocasionada pela assinatura de um novo contrato com o Brasil sobre a compra de energia produzida na Hidrelétrica de Itaipu.

Além de Castiglioni, também renunciaram o presidente da estatal Administração Nacional de Eletrecidade (Ande), Alcides Jiménez, e o embaixador no Brasil, Hugo Saguier.

Em comunicado publicado nas redes sociais, o chanceler escreveu que colocou seu cargo à disposição de Abdo Benítez por “ética e responsabilidade política”.

Veja:

“Lamento que a tergiversação tenha levado a este estado de crispação. Tudo que aconteceu foi de forma transparente e em benefício do país. Onde quer que eu atue, continuarei trabalhando pelo engrandecimento do nosso amado Paraguai!”

Castiglioni participará nesta segunda, no entanto, de sessão no Congresso onde prestará esclarecimentos sobre a assinatura do acordo. Também estava prevista a presença do ministro de Obras Públicas e Comunicações, Arnoldo Wiens, o titular paraguaio de Itaipu, José Alberto Alderete, e o presidente da Ande, Alcides Jiménez.

Anulação do contrato
Na noite desse domingo, Castiglioni anunciou que o Paraguai pediria ao Brasil a anulação ao contrato que estabelecia um cronograma de compra da energia da represa de Itaipu até 2022.

O governo paraguaio também pedirá ao Brasil a convocação das Altas Partes Contratantes para que o acordo volte a ser tratado na esfera técnica e não na diplomática, como ocorreu nesta ocasião por desavenças entre ambas as partes.






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