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Chanceler da Ucrânia: “Não deixem Putin nos transformar em nova Síria”

Ucranianos vivem o oitavo dia de ataque. Chefe da diplomacia comparou a situação ucraniana à vivida na Síria — país em guerra desde 2011

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Vyacheslav Madiyevskyy/Ukrinform/NurPhoto via Getty Images
Guerra ucrania Missil
1 de 1 Guerra ucrania Missil - Foto: Vyacheslav Madiyevskyy/Ukrinform/NurPhoto via Getty Images

Com o recrudescimento dos bombardeios, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, fez um apelo em busca de ajuda internacional para as negociações de um cessar-fogo com a Rússia.

Em um pronunciamento divulgado nesta sexta-feira (4/3), oitavo dia de ataque, o chefe da diplomacia comparou a situação ucraniana àquela vivida na Síria — país em guerra desde 2011.

“Não deixem Putin transformar a Ucrânia na Síria. Estamos prontos para lutar. Continuamos a luta. Precisamos de ajuda adicional de parceiros”, afirmou.

Esse é mais um pedido de apoio internacional nas tentativas de negociação de uma pausa nos ataques. Líderes da França da e da Alemanha já conversaram com o presidente russo, Vladimir Putin, na tentativa de demovê-lo da ideia de manter os ataques.

Esse é o segundo pedido do tipo nesta sexta. Antes, negociadores ucranianos pediram intervenção internacional no processo.

Para se chegar um acordo de paz, mesmo que temporário, os representantes ucranianos pediram intervenção internacional nas negociações.

“Todas as regiões estão precisando de cessar-fogo. Precisamos de intermediários internacionais. Não confiamos neles. Não confiamos nos russos”, salientaram.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, conversou ao telefone com o presidente Putin e pediu que suspenda imediatamente todas as ações militares, disse um porta-voz do governo alemão nesta sexta.

Scholz também pediu a Putin que permita o acesso da ajuda humanitária nas áreas na Ucrânia onde os combates estavam ocorrendo, enquanto o presidente russo anunciou uma terceira rodada de conversações entre Rússia e Ucrânia neste fim de semana, disse um porta-voz do governo em comunicado.

Ataques

A Ucrânia denunciou que o Exército russo tem planos de executar um múltiplo bombardeio em grandes cidades na noite desta sexta. Os negociadores que tentam chegar a um acordo de cessar-fogo admitiram que é difícil estabelecer, por parte da Rússia, uma pausa nos ataques.

Os representantes, na manhã desta sexta, emitiram pronunciamento categórico: “Rússia vai bombardear grandes cidades hoje”. Autoridades de ambos os países farão uma terceira reunião nesta tarde, em mais uma tentativa de pactuar o cessar-fogo.

Outra interlocutora acrescentou: “As pessoas vão continuar a morrer, inclusive crianças. Isso não pode continuar”.

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Os negociadores ressaltam que os russos estão devastando todas as cidades do país e que isso “já seria uma terceira guerra mundial”.

Segundo os ucranianos, a tática russa consiste em sitiar as cidades, executar bombardeios massivos e cercar as regiões tomadas, para impedir o reabastecimento com comida e remédios. “A Rússia está guerreando contra a população civil”, alertaram.

Os russos já sitiaram 26 cidades, incluindo a capital Kiev, coração do governo ucraniano. Na noite dessa quinta-feira (3/3), a maior usina nuclear da Europa acabou incendiada após um bombardeio.

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