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Calor extremo: temperatura deve aumentar 1,5°C nos próximos 5 anos

É previsto que, entre 2024 e 2028, a temperatura do planeta fique até 1,9°C maior. Há nove anos essa probabilidade era quase nula

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Há 80% de chance de que a temperatura global exceda 1,5°C dos níveis pré-industriais durante pelo menos um dos próximos 5 anos, segundo um novo relatório divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), nesta quarta-feira (5/6). É previsto que, entre 2024 e 2028, a temperatura do planeta fique até 1,9°C maior.

Essa probabilidade era considerada próxima de zero em 2015, quando foi firmado o Acordo de Paris, que tinha como meta manter o aumento das temperaturas globais abaixo de 1,5°C. “O que surpreende e assusta é estar acontecendo tão rapidamente, trazendo dúvidas se já entramos num novo normal com os desastres climáticos sendo o usual. Isto coloca enorme pressão sobre os governos federal, estaduais e municípios, e sobre o Congresso, para que tomem as decisões que precisam ser tomadas”,  declara o líder em mudanças climáticas do WWF-Brasil, Alexandre Prado.

Para Juliana Miranda, especialista em políticas públicas do WWF-Brasil, o Brasil tem um papel importante a desempenhar na luta contra a crise climática, já que é o sexto maior emissor de gases de efeito estufa.

“No mesmo momento em que já estamos vivendo as consequências da mudança do clima, que dobrou a probabilidade de chuvas extremas no Rio Grande do Sul, o Congresso Nacional tenta aprovar o projeto de lei (PL) n° 364/2019, que é uma séria ameaça aos nossos campos nativos e aos biomas do Brasil”, afirma a especialista.

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Brasil lidera deslocamentos internos por desastres nas Américas
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Chuvas no RS acenderam alerta sobre aumento de eventos extremos

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Segundo ela, o PL retira completamente a proteção dessas áreas para que o uso delas seja direcionado a agricultura, pastagens, mineração e urbanização sem a necessidade de qualquer restrição ou autorização administrativa. “Estamos diante de uma ameaça grave não apenas à preservação de nossos ecossistemas naturais, mas também à luta contra a crise climática”, finalizou Juliana Miranda.

 Aquecimento Ártico

Ainda de de acordo com o relatório, mesmo durante os períodos de inverno dos próximos 5 anos, prevê-se que o aquecimento do Ártico seja três vezes maior que o aquecimento da temperatura média global. As concentrações de gelo marinho no Mar de Barents, Mar de Bering e Mar de Okhotsk terão redução.

Maio foi o 12º mês seguido mais quente da história

Simultaneamente ao lançamento do relatório, o Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas (C3S) declarou que maio de 2024 foi o mais quente já registrado no planeta. Com isso, maio foi o 12º mês consecutivo com aumento de temperatura igual ou superior a 1,5°C.

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Várias áreas em Delhi, incluindo a área de Sanjay Camp em Chanakyapuri e a área da colônia Geeta, estão entre aquelas que enfrentam grave escassez de água
No calor escaldante, as pessoas esperam em longas filas, na esperança de encher pelo menos um balde
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Pessoas enchendo garrafas de água de um caminhão-tanque do governo de Delhi, durante uma onda de calor de alta temperatura, na área de New Ashok Nagar

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Várias áreas em Delhi, incluindo a área de Sanjay Camp em Chanakyapuri e a área da colônia Geeta, estão entre aquelas que enfrentam grave escassez de água

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No calor escaldante, as pessoas esperam em longas filas, na esperança de encher pelo menos um balde

 

“Nosso planeta está tentando nos dizer algo, mas parece que não estamos ouvindo. Estamos quebrando recordes de temperatura global e colhendo o que plantamos. Estamos em um momento de crise. Agora é a hora de mobilizar, agir e entregar”, afirma o Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres.

 

 

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