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Battisti chega a Roma e é conduzido para prisão

Condenado por quatro assassinatos, ele foi preso na Bolívia e levado direto para a Itália, seu país de origem

atualizado

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Gregorio Borgia/Associated Press/Estadão Conteúdo
Ex-militante comunista italiano Cesare Battisti chega à Roma
1 de 1 Ex-militante comunista italiano Cesare Battisti chega à Roma - Foto: Gregorio Borgia/Associated Press/Estadão Conteúdo

Capturado na noite do último sábado (12/1) na Bolívia, o ex-ativista Cesare Battisti, condenado por assassinatos na Itália na década de 1970, desembarcou por volta das 8h40 (horário de Brasília) em Roma. O avião do governo italiano pousou no Aeroporto de Ciampino. Na sequência, policiais italianos entraram na aeronave para conduzi-lo diretamente à prisão.

Por meio de sua conta no Twitter, o ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, transmitiu, ao vivo, a chegada de Battisti a Roma.

Tranquilidade
Battisti foi detido nas ruas de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, por agentes bolivianos em parceria com policiais italianos. De acordo com um vídeo feito no momento da prisão, o criminoso usava barba, óculos de sol, jeans e camiseta azul. O fugitivo não mostrou resistência, não apresentou documentos e respondeu a algumas perguntas em português.

Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, o italiano é considerado um terrorista.

No Brasil desde 2004, Cesare Battisti foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que o italiano poderia ficar no Brasil.

O presidente Jair Bolsonaro elogiou a operação que levou o italiano de volta ao seu país e conversou por telefone com o primeiro-ministro da Itália, que agradeceu a colaboração do governo brasileiro. Nos últimos dias da gestão Michel Temer, a mais alta Corte do país decidiu extraditar o terrorista. Após dias de buscas, a Polícia Federal divulgou 20 simulações sobre a possível aparência de Cesare Battisti.

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