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Alemanha agrava epidemia após flexibilizar regras de isolamento

Dados do Instituto Robert Koch apontaram que índice de infecção do coronavírus atingiu maior patamar recente após a reabertura de escolas

atualizado

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Peter Zelei Images/Getty Images
bandeira da alemanha com ilustrações do coronavírus
1 de 1 bandeira da alemanha com ilustrações do coronavírus - Foto: Peter Zelei Images/Getty Images

Pouco mais de uma semana após adotar regras de flexibilização para o isolamento social, a Alemanha começa a registrar os primeiros sinais de um agravamento na pandemia do novo coronavírus. De acordo com dados divulgados nessa segunda-feira (27/4) pelo Instituto Robert Koch, responsável por acompanhar a evolução do vírus no país, os índices de infecção e de letalidade da doença aumentaram.

De acordo com o instituto, o índice de infecção voltou ao patamar de 1,0. Isto significa que cada pessoa doente de Covid-19 contamina outra pessoa. Esta é a primeira vez que o índice atinge 1,0 desde que o país registrou o menor ponto, 0,7, também no mês de abril. Mas desde então iniciou uma trajetória de crescimento progressivo.

Além disso, a taxa de letalidade de casos da doença continua aumentando. Apesar disso, o índice atual, de 3,8%, permanece inferior ao dos países vizinhos. A Alemanha registra até o momento 156.337 casos e 5.913 mortes por Covid-19.

O governo alemão e os virologistas sempre destacaram a importância de ter um índice de infecção inferior a um 1,0. De acordo com a chanceler Angela Merkel, um índice de infecção no patamar de 1,1 seria capaz de levar à lotação dos leitos de UTI do país até outubro. “Com um índice em 1,2, alcançaríamos o limite em julho. E com 1,3, isto aconteceria em junho”, disse a chanceler.

Reabertura preocupa

A Alemanha começou a flexibilizar as medidas de restrição e isolamento social progressivamente, a partir de 20 de abril. Alguns estabelecimentos comerciais e escolas foram reabertas e há uma tentativa por parte da classe política de retomar a vida cotidiana. No entanto, a própria Merkel já havia expressado preocupação com um retorno muito rápido.

Se a tendência de alta persistir, os números podem complicar os esforços das autoridades para um retorno progressivo à normalidade, enquanto aumenta a impaciência entre a opinião pública. Os dados parecem confirmar o temor da chanceler, que defende uma linha mais firme e expressou preocupação ante a tentação de queimar etapas na retomada das atividades.

O governo federal e as regiões alemãs têm a última palavra em temas de saúde e devem examinar na quinta-feira as próximas etapas do desconfinamento, antes do anúncio de uma decisão em 6 de maio.

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