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Maia e Alcolumbre querem impedir que Bolsonaro seja reeleito

Eles não podem tirar o presidente de onde está; vão ter de esperar até 2022 e arrumar alguém que possa ganhar as eleições

atualizado

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Myke Sena/ especial para o Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro comprimenta manifestes em frente ao Palácio do Planalto
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro comprimenta manifestes em frente ao Palácio do Planalto - Foto: Myke Sena/ especial para o Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), estão em conflito aberto. Não é de hoje nem está com cara de acabar amanhã. Tudo o que temos, no momento, é um choque que não pode ter uma solução enquanto continuar assim. O Executivo não pode ignorar as decisões do Legislativo, nem mandar para lá “um cabo e dois soldados” para fechar Câmara e Senado e acabar com o problema de uma vez — ou por um bom tempo. Os deputados e senadores não podem tirar Bolsonaro de onde ele está; vão ter de esperar até 2022 e arrumar alguém que possa ganhar as eleições dele.

Conclusão: ou os dois lados chegam a um entendimento mínimo, ou o país não pode ser governado. Num tempo em que uma ameaça de proporções e de consequências desconhecidas põe em risco, como nenhuma outra antes, a saúde da população, não há escolha: ou eles se acertam, ou se acertam. Tão grave quanto o coronavírus é a crise na economia do Brasil, em conjunto com a crise econômica mundial que vem no rastro da epidemia.

Os presidentes da Câmara e do Senado, com o apoio da maior parte da mídia e da classe política, acham que empurrar as coisas para um ponto de ruptura resolve o seu problema. Esse problema é um só — impedir que Bolsonaro seja reeleito e, para isso, é indispensável que ele não esteja mais no cargo para disputar as próximas eleições presidenciais. O presidente, por sua vez, declara-se inconformado com o que descreve como 15 meses de perseguição e diz que sua paciência acabou — seja isso lá o que for. Quer, ele também, tirar proveito da confusão.

Os políticos que se imaginam importantes porque podem paralisar o governo, e passaram a ser tratados como estadistas pela imprensa, têm de se lembrar que Bolsonaro não é Collor nem Dilma. Tirá-lo de lá não vai ser um passeio, que se resolve em conversa, reuniões de comissão disso e daquilo e editoriais indignados. É bom, o quanto antes, que os dois lados voltem ao zero e comecem tudo de novo.

* Este texto representa as opiniões e ideias do autor.

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