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Vídeo: “Caiado tem a marca de Bolsonaro na testa”, diz Rubens Otoni

Ao Metrópoles, o deputado federal afirmou que o governador tenta se desvencilhar da imagem do presidente por conta da queda da popularidade

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Caio Barbieri entrevista Rubens Otoni
1 de 1 Caio Barbieri entrevista Rubens Otoni - Foto: Metrópoles

O deputado federal Rubens Otoni (PT-GO) afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que enxerga a gestão do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), como uma cópia do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) à frente do Palácio do Planalto. Para o parlamentar, apesar das recentes críticas de Caiado ao governo federal, “a marca registrada do governo Bolsonaro está na testa do governo Caiado”.

“É evidente o desgaste de Bolsonaro em Goiás. É como se a cortina tivesse sido aberta e a população começasse a enxergar o que está por trás desse governo. O governo estadual percebeu isso e tenta se afastar, mas não adianta. A marca registrada do governo Bolsonaro está na testa do governo Caiado. É esse o dilema dele: ele tenta se afastar, mas a imagem já está pregada. A população já sabe que Caiado e Bolsonaro são a mesma coisa”, disse o parlamentar (confira a partir de 2’27”).

O deputado comentou a conduta de Caiado durante show do cantor Gusttavo Lima na noite do último sábado (24/10), em Goiânia. O governador foi filmado, sem máscara, abraçando e tirando fotos com o público. Entre as regras estabelecidas para que o evento acontecesse estava o uso obrigatório do item de proteção nos locais de circulação. “A postura do governador no show mostra justamente a distância que existe entre a imagem que [o governo de Goiás] tenta passar de alguém responsável no combate à pandemia com a ação na prática. Na prática, o governo de Goiás age muito à semelhança do governo federal onde a ciência não é respeitada e tudo se pensa na lei do mercado”, disse (1’30”).

Otoni comentou um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que apontou que a cada 100 goianos, 24 estão na linha da pobreza, vivendo com até R$ 450 por mês. Para o parlamentar, há responsabilidade do Planalto e do Palácio das Esmeraldas. “O descaso e a omissão dos governos Bolsonaro e Caiado fizeram com que os impactos da pandemia fossem maiores do que deveriam ser. Ao invés de tentar dar um remédio para nossa economia, ele tá dando veneno. A proposta do Guedes e do Bolsonaro é ajuste fiscal, é corte de gastos. São milhões de famílias que não sabem se farão uma refeição no dia, e isso se reproduz aqui em Goiás também”, pontuou.

O parlamentar negou que tenha pretensões de disputar o governo de Goiás nas eleições de 2022 e afirmou que pretende se candidatar para um sexto mandato na Câmara dos Deputados.  De acordo com ele, a “prioridade é montar uma chapa sólida de deputados federais, estaduais”. O congressista adiantou que a corrida ao Palácio das Esmeraldas pode não ter um candidato petista, “desde que [a chapa] apoie o Lula”.

“Isso já está definido. Como deputado federal, minha tarefa é ajudar a montar uma chapa que permita chegar a pelo menos dois ou três deputados federais. É essa a minha tarefa. A direção do partido está coordenando esse trabalho para que tenhamos um candidato a governador. Eventualmente, podemos até pensar numa candidatura que seja até fora do PT, desde que apoie o Lula”, ponderou (22′).

Questionado se o clima do Congresso Nacional dá brechas à abertura de um dos pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro protocolados na Casa, Otoni lembrou que, apesar das promessas de campanha, o presidente se aliou ao chamado Centrão. “É inadmissível que nós tenhamos um governo com a irresponsabilidade, com o descaso, com a omissão que tem. É um governo não apenas frágil; é incompetente. Infelizmente, Bolsonaro, que foi eleito com discurso de que não aceitaria negociar com o Centrão, foi lá e conseguiu guarida para poder se sustentar. Até onde ele vai, nós não sabemos. Ele é refém do Centrão. Se ele não for retirado pelo impeachment, certamente será tirado no processo eleitoral”, garantiu Otoni.

Durante a entrevista, Rubens Otoni também avaliou os resultados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, falou sobre políticas para enfrentar a crise hídrica no país e apontou medidas para a proteção do meio ambiente. Confira:

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