Para conscientizar brasilienses, CLDF cria o “Dia de Combate ao Lúpus”
Projeto foi aprovado pelos deputados distritais sobre doença autoimune e que atinge cerca de 150 mil brasileiros por ano
atualizado
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A Câmara Legislativa (CLDF) aprovou, na noite de quarta-feira (9/12), a data de 10 de maio como o “Dia Distrital de Combate ao Lúpus”, uma forma para conscientizar a população do DF sobre o combate aos avanços da doença. O texto segue para a sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB).
A iniciativa tem como objetivo levar para os brasilienses um maior entendimento no que diz respeito aos efeitos da doença, que ainda tem causa desconhecida e soma anualmente alarmantes 150 mil novos casos em todo o Brasil, de acordo com dados do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo.
O Lúpus é uma doença inflamatória e autoimune que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, como pele, articulações, rins, cérebro e outros órgãos, causando fadiga, febre e dor nas articulações. Embora não haja cura, os tratamentos procuram melhorar a qualidade de vida com controle dos sintomas e diminuição das crises. Entre os sintomas mais comuns, dores articulares, sensibilidade exagerada ao sol e manchas avermelhadas na pele.
“O Lúpus faz com que o corpo passe a produzir uma quantidade muito maior de anticorpos e, dessa forma, ataque o próprio organismo resultando em comprometimento de órgãos”, explica o deputado distrital Robério Negreiros (PSD), autor da lei.
A presidente da Associação Nacional das Pessoas com Lúpus (ANPLúpus), Djane Bento, acredita que a aprovação da nova lei é uma oportunidade ímpar. “Temos clamado por atenção, para sermos ouvidos, notados, para recebermos tratamento digno. Segundo ela, em casos mais graves, a doença pode levar à morte.
Doenças silenciosas
Na mesma sessão, os deputados distritais também aprovaram uma lei que prevê o uso do objeto símbolo na luta para conscientização do autismo e de outras doenças silenciosas.
De acordo com o texto, o Colar de Girassol tem o objetivo de auxiliar na identificação de pessoas com deficiências ocultas, no âmbito do Distrito Federal, para que as autoridades, bem como os estabelecimentos públicos e privados orientem seus funcionários e colaboradores a facilitar o atendimento de quem não demonstra fisicamente a necessidade de atendimento especial.
De acordo com Negreiros, a ideia do objeto, que é de uso facultativo aos indivíduos com deficiências ocultas ou a seus acompanhantes, surgiu da intenção em atender às necessidades especiais de milhares de pessoas.
“A nova lei garante maior conforto e diminui as situações de estresse para aqueles que, por alguma condição pré-determinada, não suportam situações rotineiras como aglomerações, sons elevados ou mesmo longos períodos de espera”, defende.