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MP abre procedimento para investigar uso de cartões corporativos do Iges-DF

Decisão ocorre após Metrópoles revelar dois casos sobre utilização da tarjeta para custear despesas alheias à atividade fim da entidade

atualizado

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DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
MPDFT
1 de 1 MPDFT - Foto: DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vai investigar o uso dos cartões corporativos do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF).

A decisão ocorre após o Metrópoles revelar, com exclusividade, gastos com compras de pizzas, bolos, salgadinhos, urna funerária e até mesmo uma viagem para funcionários visitarem, em Manaus (AM), uma empresa investigada em operação do Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com o órgão de fiscalização, foi instaurado na terça-feira (14/10) um procedimento interno na Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (ProSUS), que vai questionar o instituto sobre as compras realizadas pelo instrumento bancário.

O Iges-DF é uma entidade privada contratada pela Secretaria de Saúde do DF. A empresa administra dois hospitais e seis unidades de pronto atendimento (Upas) da rede pública de Brasília.

Procurada, a entidade afirmou desconhecer “quaisquer procedimentos sobre essa questão e ressalta que continua e continuará contribuindo com os órgãos de fiscalização”.

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Pizzas

Conforme noticiado pela coluna Janela Indiscreta, o cartão, criado para custear exclusivamente despesas emergenciais, serviu para arcar com um pedido de R$ 600 em uma pizzaria do Núcleo Bandeirante e, ainda, na compra de bolos de brigadeiro, salgadinhos, refrigerantes, além da aquisição de uma urna funerária.

A compra das pizzas foi realizada no dia 16 de maio de 2020, um sábado, às 16h26, e entregue por delivery na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante. No total, o valor bancou 12 pizzas (sendo seis de frango com catupiry e as outras de calabresa), além de 13 refrigerantes de 1,5 litro cada.

De acordo com o Iges-DF, a compra serviu para homenagear 70 colaboradores que trabalharam na montagem de 42 leitos exclusivos para pacientes com a Covid-19. Após a publicação da reportagem, o Iges-DF determinou o imediato cancelamento de um dos cartões corporativos da entidade.

A coluna Grande Angular também revelou que um dos cartões de crédito corporativo custeou passagens e hospedagem de dois funcionários para Manaus, em agosto. O objetivo do pacote era que os colaboradores do Iges-DF visitassem a BioPlus, alvo da Operação Maus Caminhos, para avaliar uma possível contratação dos serviços.

Durante o período investigado, de 2014 a 2016, a empresa recebeu R$ 8,3 milhões por dois contratos de esterilização assinados com o Instituto Novos Caminhos (INC), organização social responsável por três unidades de saúde do Amazonas. Porém, não foram localizadas notas fiscais referentes a R$ 1,3 milhão, o que configuraria dano ao erário, de acordo com o MPF.

A empresa nega as acusações dos investigadores. O acordo comercial entre o Iges-DF e a BioPlus não foi adiante.

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