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Dois cemitérios do DF têm até um ano para construção de novos jazigos

De acordo com a Campo da Esperança, empresa que administra as necrópoles locais, Taguatinga tem 5 meses, e o Gama, 10 meses

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Sepultamento de mais uma vítima de coronavírus no Cemitério Campo da Esperança na Asa Sul
1 de 1 Sepultamento de mais uma vítima de coronavírus no Cemitério Campo da Esperança na Asa Sul - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Pelo menos dois cemitérios têm prazo de até um ano de garantia para abrir novas sepulturas no Distrito Federal. A unidade localizada em Taguatinga, cidade a 20 minutos do centro de Brasília, tem espaço disponível para mais cinco meses, e a do Gama, distante cerca de 35 km da Praça dos Três Poderes, 10 meses. A informação é da Campo da Esperança, empresa responsável pela administração das seis necrópoles da capital da República. A maior parte da demanda, contudo, é de jazigos já utilizados pelas famílias.

“Para aumentar o tamanho do espaço disponível para a construção de novos jazigos no caso dos cemitérios de Taguatinga e do Gama, por exemplo, a concessionária faz, desde 2016, exumações de sepulturas antigas da área social e reaproveita os espaços para construir novos jazigos. O procedimento não envolve jazigos particulares, somente os da área social, e tem a chancela da Sejus [Secretaria de Justiça e Cidadania], do MPDFT [Ministério Público do Distrito Federal e Territórios] e da PGDF [Procuradoria-Geral do DF]”, explica a concessionária.

O alerta ocorre em meio à divulgação de dados que apontam crescimento de 145% na quantidade de enterros, em março deste ano, se comparado com o mesmo período de 2020. No mês passado, foram registrados 2.027 sepultamentos, contra 825 no mesmo período do ano passado, mais que o dobro.

Apenas neste ano, foram 865 registros decorrentes da Covid-19. O balanço não corresponde ao total de mortos pela doença, já que, em alguns casos, familiares optam por levar os corpos para outras localidades.

“Mesmo com o aumento do número de mortes em virtude da pandemia de Covid-19, não houve, em momento algum, a falta de jazigos em Brasília ou a espera por jazigos em construção. O estoque de novas sepulturas é mantido sempre para, pelo menos, 5 meses de sepultamentos, conforme o que já era praticado pela concessionária antes da pandemia”, informou a Campo da Esperança.

Capacidade

A concessionária explica que, de todos os cemitérios existentes no Distrito Federal, a unidade de Brasília (Asa Sul) tem espaço disponível para mais oito anos de escavações; a de Sobradinho, mais 26 anos; a de Planaltina, três anos; a de Brazlândia, mais 14 anos. Os dados são referentes a março deste ano.

Segundo a empresa, antes de qualquer escavação, são feitos levantamentos dos locais passíveis de exumação, e as listas com os nomes dos sepultados são divulgadas no Diário Oficial do DF (DODF). Todo o material exumado, frisa, é devidamente identificado e realocado no columbário – local onde são depositadas as urnas funerárias – do próprio cemitério.

Ainda segundo informações da concessionária, de 1º a 6 de abril deste ano, foram realizados 528 sepultamentos no Distrito Federal. Desse total, 200 eram de vítimas suspeitas e confirmadas de infecção pelo novo coronavírus, o que representa 37,8% de todas as solenidades fúnebres.

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