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Dispensada? Em Brasília, Regina Duarte não conseguiu reunião com Bolsonaro

A secretária acabou desautorizada pelo ministro do Casa Civil, que renomeou para a Funarte maestro olavista demitido por ela

atualizado

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Michael Mello/Metrópoles
Regina Duarte toma posse na Secretaria Especial da Cultura
1 de 1 Regina Duarte toma posse na Secretaria Especial da Cultura - Foto: Michael Mello/Metrópoles

A atriz Regina Duarte, secretária especial de Cultura, se colocou à disposição para um encontro com o presidente Jair Bolsonaro, no entanto, ainda está sem hora e sem dia marcado na agenda para conversar com o presidente. A ex-atriz retornou à capital federal após o presidente criticar a sua ausência durante a quarentena.

Enquanto aguarda o chamado de Bolsonaro, ela acabou desautorizada pelo ministro da Casa Civil, o general Walter Braga Netto, que renomeou para a presidência da Funarte o maestro Dante Montalvani, que havia sido demitido logo quando ela assumiu a pasta, em 4 de março deste ano.

Nesta segunda-feira (04/05), em uma conversa vazada para a revista Crusoé, Regina Duarte disse acreditar que está sendo “dispensada” do governo pelo presidente Jair Bolsonaro.

A afirmação foi feita em meio a uma conversa com uma assessora após saber da nomeação de Mantovani: “Que loucura isso, que loucura. Eu acho que ele está me dispensando”, disse. De acordo com a revista, a conversa foi ouvida após uma ligação para a assessora que atendeu a chamada enquanto conversava com a atriz.

A volta de Regina a Brasília ocorreu na segunda-feira, como revelou o Metrópoles. Ela decidiu se colocar à disposição do presidente depois das reclamações feitas por ele de que gostaria de ter mais conversas com a atriz Regina Duarte e que estava impedido por ela se encontrar em São Paulo.

Regina tem sido criticada, de forma constante e explícita, por integrantes da chamada “ala ideológica” do governo, principalmente do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que Regina quis demitir, mas foi impedida pelo presidente.

Ela também é alvo de membros da classe artística, que a acusa inércia na liberação de recursos contingenciados do Fundo Nacional de Cultura. Embora essa medida seja da alçada do Ministério da Cidadania, ela tem feito conversas para tentar liberar o dinheiro.

Há uma semana, Bolsonaro negou intenção de que ela saia do governo, mas reclamou da dificuldade de diálogo com a atriz e da resistência dela em implementar mudanças. “Quem disse que sai? Eu queria que ela estivesse em Brasília pra conversar mais com ela”, disse, ao ser questionado sobre o assunto na semana passada.

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