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Le Parisien Bistrot: uma casa francesa localizada na Asa Norte

O chef Leandro Nunes é formado no Le Cordon Bleu de Paris e reproduz clássicos sem firulas ou invencionices, mas com muito sabor

atualizado

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Foto: Bruno Aguiar
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1 de 1 ambiente – foto brunoaguiar 2 - Foto: Foto: Bruno Aguiar

Brasília vive de modas gastronômicas. Já teve a da coxinha, do açaí, do brigadeiro e do hambúrguer. Enquanto empreendedores focam em nichos que estão em alta, acabam esquecendo de que existem muitas outras vertentes a serem exploradas e devo dizer que sinto falta de certos tipos de restaurantes na cidade. Não temos um grego nem um essencialmente tailandês, por exemplo. Até mesmo a França, sem dúvida um dos países que mais contribuíram para a evolução da gastronomia, tem poucos representantes na capital federal.

Melhor para quem decidiu abrir um negócio do tipo e encontra pouca concorrência. Como o Daniel Briand, cuja confeitaria na 104 Norte já passou dos 20 anos e segue sendo um clássico para quem ama macaron, petit four, terrine e Ópera. Há ainda outras casas de pães e doces franceses, mas restaurantes que vendem a clássica comida de bistrô estão em falta. Antes de citar o único representante, vou aqui lembrar de como eram boas as refeições no Alice, um restaurante que faz muita falta em nossa cena gastronômica. Alô, Alice Mesquita, cadê você?

Résistance

Bom, mas minha missão nesta coluna é ressaltar o Le Parisien Bistrot, que fica ali pertinho do Briand, na 103 Norte. Criado por dois franceses, o restaurante teve a consultoria do chef Leandro Nunes desde a inauguração, em 2017. Em fevereiro de 2020, ele assumiu parte da sociedade e agora é o único dono do negócio.

Nascido no Pará e formado em hotelaria, ele detém ainda o Diplôme de Cuisine, da Le Cordon Bleu, a mais conhecida e renomada escola de cozinha do mundo. Sua trajetória soma passagens pelo Café Constant de Paris, estágio no Noma de Copenhaque, considerado por muitas vezes o restaurante número um do mundo. De volta a Brasília, trabalhou no Patú Anú, Oscar, Bottarga e Liv Lounge. Depois, criou o Jambu, que tinha como base os ingredientes da Amazônia trabalhados com técnicas francesas. No Le Parisien, Leandro volta aos tempos de estudos e trabalho na França, sem invencionices ou firulas. No máximo, acrescenta um tempero ou outro mais brasileiro, como pimenta de macaco ou cumaru.

Lembram que falei na última coluna que clássico é clássico e vice-versa? Pois é assim o menu da casa, que ganhou novos pratos há duas semanas. A lista de entradas soma 11 opções para agradar a todos os gostos. Tem Vichyssoise (R$ 26), com alho-poró, rabanete e cenoura; Steak Tartare (R$ 45) de carne bovina cortada na ponta da faca e temperada com molho de mostarda, alcaparras, picles e cebola, acompanhada com saladinha e batata frita; ovo mollet (R$ 34) com cogumelos salteados, lardons de bacon e vinho tinto; e sopa de cebola coberta com massa folhada (R$ 36).

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Para quem gosta de sabores exóticos, sugiro as coxinhas de rã (R$ 52) marinadas em vinho branco e empanadas em farinha panko temperada com páprica e pimenta de macaco. São servidas com molho tártaro, crocantes por fora e, por dentro, macias e tenras. Já o foie gras é grelhado e finalizado apenas com sal, pimenta do reino e cebolinha, para ressaltar todo o sabor da iguaria (R$ 70).

Este último entra também na composição do Filé à Rossini (R$ 170) com molho trufado e batata gratinada. Mais em conta, o Cassoulet (R$ 68) é um dos meus favoritos, especialmente em dias mais frescos. Gosto do feijão branco cremosinho, enriquecido com linguiça suína, paleta de cordeiro, cenoura, finalizado com farofinha de ervas. É um acalanto para o estômago. Quem quiser mais sustância, pode acrescentar ainda a coxa de pato confitada por mais R$ 30.

Outro preparo com esta ave é o magret (R$ 98). O peito é grelhado, fatiado e servido com arroz de pato com cebola pérola, ervilha, cenoura, linguiça apimentada, gastrique de laranja e picles de pimenta de cheiro.

Para a sobremesa, são apenas três opções, sendo duas delas bem clássicas: Pain Perdu (R$ 32), a rabanada francesa, servida com ganache de chocolate e creme inglês aromatizado com cumaru; crème brûlée (R$ 26), também com cumaru, e o bolo de macaxeira vegano (R$28) com leite de coco e limão tahiti.

Sequências

Com preço amigo, o menu executivo é opção para o almoço, a R$ 55, com entrada e prato principal. A primeira etapa é uma salada com tomates confitados, laranja, farofa de copa defumada e vinagrete de mostarda Dijon. Para o principal, é possível escolher entre a fraldinha com mostarda, servida com batata frita à vontade; saint-pierre grelhado sobre espaguete de vegetais e manteiga de ervas; e o curry de vegetais, prato vegano com molho de especiarias, leite de amendoim e acompanhado por arroz de coco com castanha de caju. Caso queira a mini sobremesa do dia, o cliente paga mais R$ 9. Há também um menu mais extenso, com quatro etapas, que mudam diariamente, a R$ 119.

O ambiente do Le Parisien Bistrot é aberto, com mesas na marquise do prédio e no jardim. É despojado, charmoso, mas sem grandes luxos decorativos. Já o atendimento, é bastante cordial. Vale lembrar que a casa segue os protocolos de distanciamento e oferece álcool gel aos clientes.

Serviço
Le Parisien Bistrot
Endereço: CLN 103, bloco B – Asa Norte
Telefone: (61) 98263-8484
Horário de funcionamento: Terça a sexta das 12h às 15h e das 19h às 23h. Sábado das 12h às 16h e das 19h às 23h. Domingo das 12h às 16h.
Instagram: @leparisienbistrotbsb

Para mais dicas de onde comer bem, siga-me no Instagram, no @lucianabarbo.

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