Pimenta é um ingrediente coringa: capaz de dar vida a um prato sem graça. Nos supermercados, as opções são reduzidas e não fogem dos tipos tradicionais (dedo de moça, de cheiro e malagueta). Nem por isso, precisamos ficar sem os aromas e os ardidos do vegetal. No Distrito Federal, feiras oferecem o quitute em grande variedade.
Outra vantagem de consumir o alimento in natura é fugir dos estabilizantes e espessantes encontrados nos molhos industrializados. Para fazer uma boa conserva em casa, o ingrediente fresco faz toda a diferença.
Pimenta biquinho, cheirosa e com zero ardênciaRafaela Felicciano/Metrópoles

Pimenta Scorpion, super ardidaRafaela Felicciano/Metrópoles

Pimenta bunda de velho: leva o curioso nome por ser naturalmente murchaRafaela Felicciano/Metrópoles

A dedo de moça fica bem suave sem as sementes e normalmente faz parte de pratos com frutos do marRafaela Felicciano/Metrópoles

Pimenta malagueta tem sabor muito picante: vai bem na culinária nordestinaRafaela Felicciano/Metrópoles

Pimentas bode em diversos graus de maturidadeRafaela Felicciano/Metrópoles

A pungência ou ardor é calculado em uma escala, que vai de 0 (pimenta biquinho) a até mais de um milhão, para as espécies ardidas Rafaela Felicciano/Metrópoles

Brasília tem exemplares de variados tipos, que agradam a todos os paladares.Rafaela Felicciano/Metrópoles
Brasília reserva boas opções para quem gosta de pimentas: basta procurar bem. A maioria delas fica nas feiras, em banquinhas simples, mas com uma grande variedade e preços camaradas. Confira um roteiro com quatro bancas que somam mais de 15 tipos de pimentas diferentes: tem da biquinho à jalapeño.
Banca da Família

Bem no finalzinho da feira fica a Barraca da FamíliaRafaela Felicciano/Metrópoles

No mesmo corredor, estão todas as variedades do fruto: tem até pimenta marromRafaela Felicciano/Metrópoles

Elas ficam expostas para serem levadas a R$ 0,50 a unidade da grande Rafaela Felicciano/Metrópoles

Já as pequenas têm preço variado, são calculadas pelo 'copo'Rafaela Felicciano/Metrópoles

Junto ficam as dezenas de temperos vendidos: tem vinagrete, alho em pó, etcRafaela Felicciano/Metrópoles
Aqui são vendidas pimentas malagueta, cumari grande, bode amarela e vermelha, biquinho, dedo de moça e bunda de velho. Todas in natura. Apenas a bunda de velho é comercializada por unidade: R$ 0,50. Já o resto custa R$ 3 (cerca de 20g), R$ 5 (cerca de 40g) ou R$ 7 (cerca de 80g). Também há molhos de vários tipos.
Box 264, Feira Central de Ceilândia. Quarta a domingo, das 8h às 18h
Banca do Zé Maria

Fachada do box em que seu Zé Maria trabalha há quase 20 anosRafaela Felicciano/Metrópoles

São pelo menos dez tipos de ardidas sendo comercializadasRafaela Felicciano/Metrópoles

E alimentos em conservaRafaela Felicciano/Metrópoles

Há conservas de todos os tipos e tamanhosRafaela Felicciano/Metrópoles

Porém, nenhuma delas é produzida pelo dono da bancaRafaela Felicciano/Metrópoles

O ponto é diverso: tem até vassouras sendo vendidasRafaela Felicciano/Metrópoles

Temperos, chás e extratos também são comercializados por Zé MariaRafaela Felicciano/Metrópoles

Zé Maria tem fornecedores de diversas regiões do DFRafaela Felicciano/Metrópoles

No detalhe, uma das pimentas que seu Zé Maria mais vendeRafaela Felicciano/Metrópoles

Os clientes costumam chamá-lo sempre pelo nome, pois ele já tem freguesia estabelecidaRafaela Felicciano/Metrópoles
Seu Zé Maria está na feira há 18 anos. Exibe uma extensa variedade de pimentas. A banca de longe chama atenção pela cor vermelha viva dos inúmeros vidros de conservas picantes: tem de 100 ml até dois litros. A média de preço é de R$ 10, mas varia com o tipo e com o tamanho. Já in natura, Zé trabalha com a pimenta de cheiro, malagueta, bode roxa, moela de frango, bunda de velho, sangue de dragão, bode comum, biquinho e dedo de moça. Cerca de 70 g sai a R$ 3.
Banca 28, Feira Permanente do Núcleo Bandeirante. Todos os dias, das 7h às 17h30
Banca da Japonesa

Bem no meio da feira fica a Banca da JaponesaRafaela Felicciano/Metrópoles

Os funcionários contam que o estabelecimento funciona desde a década de 1980Rafaela Felicciano/Metrópoles

As pimentinhas ficam expostas bem próximas umas as outrasRafaela Felicciano/Metrópoles

Costumam ser vendidas empacotadas, em tamanho padrãoRafaela Felicciano/Metrópoles

Todas são in natura Rafaela Felicciano/Metrópoles

Pimenta malaguetaRafaela Felicciano/Metrópoles
Aqui, a especialidade não é pimenta. Na japonesa, são vendidos todos os tipos de legumes, verduras e vegetais. Porém, a banquinha acabou acumulando vários tipos de ardidas. A venda é feita no saquinho de tamanho único, que contém cerca de 40 g e custa R$ 2 ou R$ 3. A maioria dos fornecedores é de Brazlândia. Entre os tipos, está a dedo de moça, malagueta, olho de peixe, bode, jalapeño, cumari, scorpion, bico doce e de cheiro.
Banca 416, Feira do Guará. Quarta a domingo, das 7h às 17h30.
Boutique Helena Ueno

A banca vende frutinhas, legumes e as pimentasRafaela Felicciano/Metrópoles

Quem comanda os negócios é Helena UenoRafaela Felicciano/Metrópoles

Como a maioria das bancas de feira, está sempre cheia de vegetais frescosRafaela Felicciano/Metrópoles

Também há temperos sendo vendidos no localRafaela Felicciano/Metrópoles
Dona Helena acompanha os trabalhos de sua banca de perto. Além dos diversos tipos de vegetais, ela também comercializa ervas frescas, e, claro, pimenta. Todas custam R$ 2 a bandeja com 40 g. Tem anel de ouro, scorpion, dedo de moça, de cheiro, jalapeño, malagueta, malaguetão, bode laranja, amarela e vermelha, cumari negra, entre outras.
Banca 399, Feira do Guará. Quinta a domingo, das 7h às 17h.
Brasília reserva outras opções para a compra das pimentinhas. A maioria se encontra em feiras. São várias bancas na Feira do Cruzeiro, Feira de Vicente Pires, do Jardim Botânico, CEASA, Feira Permanente do Riacho Fundo I e de Sobradinho