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4 novos restaurantes de Brasília para conhecer em março

A reportagem de Gastronomia indica quatro novos restaurantes brasilienses que valem a visita; confira

atualizado

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Em movimento, a cena gastronômica de Brasília segue evoluindo, mesmo com as perdas que a pandemia trouxe. A cidade viu muitos restaurantes fecharem, mas tantos outros abrem a cada mês. E para te ajudar a conhecer as novidades da capital, a equipe de gastronomia do Metrópoles separou quatro novos endereços que valem a visita em março.

A lista oferece opções que se encaixam em todas as refeições do dia. Nesta seleção há cafeteria, casa de carnes, restaurante de comida peruana e ainda um gastrobar. A ideia é trazer novidades todos os meses com experiências reais e “à paisana”. Confira as nossas indicações!

Lima

Uma das novidades mais interessantes do atual cenário gastronômico de Brasília é o mercado Mané. Inaugurado em fevereiro, o espaço localizado ao lado do Estádio Nacional Mané Garrincha tem várias opções de restaurantes e entre os destaques está o Lima, “irmão” do premiado Taypá. O local é especializado em comida peruana e idealizado pelo chef Marco Espinoza.

Nascido no Rio de Janeiro, o Lima chega a Brasília e tem tudo pra agradar quem é fã do Taypá e do trabalho de Espinoza. Um dos destaques do cardápio é o Ceviche do Mercado (R$ 47), especialmente criado para o Mané, com frutos do mar, peixe com leite de tigre e banana frita. Outras opções de entrada são o Ceviche Oriental (R$ 45), servido com atum, abacate, pepino e crocantes e o Ceviche de Salmão (R$ 45), feito com o peixe, leite de tigre de polpa do caju e batata baroa crocante. Provei ainda o Pão de Queijo com Porco Agridoce recheado com salada de cenoura e nabo (R$ 42).

Para o pedido principal, recomendo o Polvo na brasa (R$ 79), servido com batatinha crocante, cebola e bacon. Delicioso e com um mix de cores e texturas que cativa a cada mordida. Há um prato bem similar no Taypá, mas no Lima, o valor é mais acessível e tão gostoso quanto. Se você não curte frutos do mar, pode optar pelo Lomo Saltado (R$ 55), filé acompanhado de cebola, tomate, batatas, arroz e com shoyo, molho de ostras e coentro; e ainda o Arroz de Mercado (R$ 52), um arroz recheado de carne com ovo frito e banana frita.

Outra delícia que vale experimentar é o Suspiro de Limena (R$ 25), minha sobremesa preferida do Taypá, feita com redução de leite condensado e merengue italiano de vinho do Porto, e que agora ganha o centro da cidade com precinho mais em conta.

Para encerrar a experiência, não deixe de pedir um pisco da casa. O drinque feito com aguardente de uva é a combinação perfeita para os sabores marcantes do Lima. Indico o Pisco Sour (R$ 35) para pedir, brindar e repetir. (Sarah Campo DallOrto)

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Lima Cozinha Peruana
Mané Mercado Vírgula, ao lado do Estádio Nacional Mané Garrincha, na Asa Norte. De segunda à quarta-feira, das 12h às 22h. Quinta-feira a sábado, das 12h às 02h. Domingo, das 12h às 0h.

Jabs Gastrobar

Sob o comando dos empresários Valdenia Afonso e Cleris Casagrande, o Jabs Gastrobar ocupa o antigo endereço do American Prime Steakhouse, de frente para a Avenida das Castanheiras, em Águas Claras. O espaço é simples e confortável, mas tem muitos ar condicionados. Isso torna a temperatura agradável, mas sentar próxima a uma saída de ar interferiu na experiência de quem ia na casa pela primeira vez, porque assim as comidas esfriaram rápido demais.

Para começar, pedi a entrada mais atrativa do menu, o Jota (R$ 105,90, normal; R$ 79,42, no Jabs Hour). O prato entrega um mix de picanha bovina, filé suíno, filé de frango e camarões empanados. De acompanhamento, molhos barbecue e o especial Jabs, feito com frutas vermelhas e vinho. O especial da casa é saboroso e tem um quê agridoce, mas poderia ser reduzido por mais tempo para ter mais consistência. As carnes estavam bem temperadas e macias, e a variedade é ótima para quem gosta de conhecer um pouquinho de tudo.

No menu, o restaurante conta com opções que servem até quatro pessoas; mas também cortes Angus, com gramatura menor, para até duas pessoas. Em dúvida entre a tradicional picanha (R$ 79,90 com 300g), o peito (R$ 74,90 com 400g) e o T Bone (R$ 94,90, com 550g), optei pelo último, por ser um corte que só conhecia de leitura. A apresentação é bonita, mas a carne passou do ponto e chegou a ter um canto queimado.

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Todos os cortes da casa dão direito a dois acompanhamentos. Escolhi batata recheada, que vem com purê da mesma, catupiry e bacon. Achei gostosa. Pedi ainda o arroz ao molho de costela bovina, que poderia ter um pouquinho mais de caldo, mas estava saboroso e bem temperado.

Para fechar a refeição, a casa tem seis opções de sobremesas. São clássicos que não costumam ter erro e apostei na Messy brownie Jabs (R$ 39,90), uma taça banhada de chocolate com Oreo triturado, duas bolas de sorvete de creme, chantilly e um brownie por cima. Confesso que não gosto de copos melecados por fora e preferia que tudo viesse dentro, mas essa é uma crítica geral. Afinal, essa moda estourou há alguns bons anos e já deveria ter sido deixada de lado. O doce entrega o esperado, mas não surpreende.

O ponto alto do espaço é com certeza o Jabs Hour, que funciona todos os dias, das 16h às 22h. São poucos os lugares em que o happy hour vai até tão tarde. O momento oferece descontos em chopes, caipirinhas e entradas, e é possível se divertir e comer bem apenas apostando nas promoções.

A casa abriu há menos de dois meses e ainda está se adaptando. O atendimento varia de acordo com o garçom que te atender. Chegaram a voltar duas vezes para confirmar pedidos, o prato principal demorou um pouco mais do que eu esperava, uma das contas da mesa veio com erro e a casa não tinha troco. Há potencial, mas é preciso fazer vários ajustes e aprimorar o serviço. (Beatriz Queiroz)

Jabs Gastrobar
Rua 36 Norte, lote 5, bloco 9, loja 40 B. Telefone: (61) 3547-1800. De segunda a quinta, das 11h30 à 0h; sexta e sábado, das 11h30 às 1h; domingo, das 11h30 às 23h.

Libertango

Fui conhecer o Libertango, conhecida casa de carnes argentinas de Campos do Jordão (SP), que acaba de abrir um unidade no Setor Hoteleiro Sul, no térreo do Bonapart Apart Hotel. Fui recebido pelo proprietário, que se apresentou como Jorge, e numa simpatia ímpar me apresentou todo o local e em seguida me conduziu à mesa onde Joel, que pede para ser chamado de Sorriso, fez seu serviço divinamente. O apelido fica claro uma vez que se vê o cuidado dele.

Inaugurada no dia 17/2, a casa possui cinco ambientes: uma área de espera com adega, uma charutaria, área externa para fumar, área externa para happy hour e o salão propriamente dito. Tudo muito bem ambientado com temática portenha. Pedi o couvert (R$ 30,90), que serve duas pessoas, composto de cestinha de pães (gostosos, mas nada memoráveis), pastinha de damasco (surpreendentemente saborosa), azeitonas e uma manteiga de ervas sem muito sabor.

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Também compõe o couvert palitos de legumes (cenoura, salsão e pepino), uma surpresa feliz que não via há muito e era praticamente obrigatório nos couverts dos anos 1980 e 1990. Fui no fim do expediente, então embora frescos, encontravam-se levemente ressecados, algo facilmente contornável se forem conservados em água gelada até irem para a mesa. Em adicional, a provoleta (R$ 40,90), de queijo provolone derretido com tomatinhos cereja e alho crocante, uma combinação simples, mas muito acertada.

Agora a casa brilha: de entrada, pedi a salsicha parrillera (R$ 53,90). É uma linguicinha apimentada artesanal, extremamente saborosa, serve até duas pessoas e acompanha um tomate e meia cebola na parrilla. Recomendo.

Para o principal, fui só na carne, mesmo sendo bom de garfo – não aguentaria acompanhamentos, embora tenham recomendado bastante o purê de maçã verde (R$ 52,90).

Fui na dica do Jorge e pedi o centro do ancho, Ojo de Bife, R$ 123,90, de 270g e R$ 134,90, a porção de 350g. São identificados como de homem e de mulher no menu, respectivamente. Não acho mais cabível em 2022 esse tipo de distinção, que criou até certo constrangimento do garçom ao confirmar se eu queria a porção “mujer”. Designá-los apenas por sua gramatura já seria suficiente.

A carne é irretocável, desmancha na boca, leva pouquíssimo sal (tendência em parrillas argentinas, para acentuar a doçura e nuances dos cortes, não é um erro) e tem um amanteigado próprio característico do corte. A casa oferece diversos molhos para as carnes, todos muito saborosos, apenas não gostei que os chutneys eram processados. O preparo seria mais valorizado com os pedaços da fruta, como manda o roteiro.

Finalizei com o alfajor da casa (R$ 14,90). Saboroso e honesto, não surpreende. A casa também oferece cortes para compartilhar e pratos que já são completos, com acompanhamento. Os valores não são acessíveis, mas a qualidade também não é. Um lugar que chegou para competir com as parrillas mais premium da cidade. (André Rochadel)

Restaurante Libertango
SHS Quadra 2, Bloco J, Loja 101. Tel: 61 3554-1727. De terça a sábado, das 12h às 15h e das 19h às 23h; domingos, das 12h às 17h.

Meet Coffee Co.

Recém-aberto na 311 Sul e ainda funcionando em soft opening, o Meet Coffee Co. é o novo local que os amantes de café especial precisam conhecer. O espaço é intimista e comandado por Michelle Cintra.

A ideia de abrir o Meet Coffee Co. surgiu após o fechamento do FSTA&Coffee, que possuía um conceito parecido, mas ficava no Lago Sul. Com o novo endereço, veio também a parceria com o Lá em Casa Cuisine D’Amis, responsável por todas as comidinhas do menu.

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Falando nele, é um cardápio enxuto e sem muitas informações sobre o que comer. Mesmo olhando por lá, há a necessidade de perguntar para os atendentes sobre os sabores das quiches e dos sanduíches, por exemplo. Após uma breve análise, experimentei uma gostosa quiche de alho poró (R$ 12). Outra escolha foi a empanada argentina de cebola caramelizada (R$ 12), que surpreende no sabor e vem com muito recheio. Vale a pena.

Para beber, Lemon Coffee (R$ 16), que é uma boa pedida para dias quentes e une o sabor do café com o azedinho do limão. Outra opção foi o Affogato (R$ 20), que vem em um formato diferente do tradicional e inclui Nutella e chocolate em gotas, além do espresso com sorvete. Por conta da doçura, dispensei a sobremesa. Ele já fez esse papel por si só.

Apesar das comidas estarem incríveis, acho que vale investir em um menu com mais explicações sobre os itens. Outro ponto a ser observado é o atendimento: muito cordial, contudo foi demorado, mesmo com a casa vazia. Como está em soft opening, ainda há tempo para ajustes no treinamento e na equipe. Ademais, vale a pena dar uma passadinha por lá! (Giulia Roriz)

Meet Coffee Co.
311 Sul. De segunda a sábado, das 9h às 19h. 

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