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Em quarentena e sem seletiva, atleta do DF teme perder Olimpíada

Bernardo Oliveira busca vaga no tiro com arco, mas, com sintomas do coronavírus e seletivas canceladas, ele vislumbra adiamento da Olimpíada

atualizado

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Abelardo Mendes Jr/Rede do Esporte
Bernardo Oliveira em competição de tiro com arco
1 de 1 Bernardo Oliveira em competição de tiro com arco - Foto: Abelardo Mendes Jr/Rede do Esporte

Entre uma flecha e outra, o brasiliense Bernardo Oliveira, de 26 anos, trabalha visando o Pan Americano de tiro com arco no México e a Olimpíada de Tóquio. Desde sábado (14/03) “hospedado” no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira da modalidade, em Maricá, no Rio, ele e outros atletas são informados de que terão de interromper a reta final de preparação. O motivo é a epidemia de coronavírus, que o fez voltar ao DF.

Bernardo – que está em quarentena no apartamento do pai desde terça-feira (17/03) – é um entre os vários atletas que enfrentam a incerteza sobre a ida ou não à Olimpíada de Tóquio, às vésperas dos Jogos, previstos para ocorrer entre os dias 24 de julho e 9 de agosto.

O atleta brasiliense está em briga direta pela vaga única do Brasil no tiro com arco, mas foi obrigado a frear a preparação duplamente: está impedido de treinar e viu as principais competições seletivas serem canceladas ou suspensas.

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“Voltei para Brasília na terça à noite. A gente ia competir uma seletiva lá, mas outros arqueiros e eu sentimos os sintomas. A gente ia para o Pan no México, mas foi cancelado. eu também iria para uma competição nos Estados Unidos, mas também foi cancelada”, lamenta Bernardo.

Sintomas do coronavírus

Para piorar a situação, ele está impedido de treinar por estar em quarentena. “Estou aguardando. Entrei em contato com um laboratório para fazer o exame do coronavírus. Estou em isolamento, não encontrei com minha esposa, meus pais…”

Bernardo Oliveira, do tiro com arco, isolado em apartamento
Bernardo Oliveira está em quarentena no apartamento dos pais

Em meio a esse cenário de total incerteza, Bernardo tenta se manter focado no objetivo de ir aos Jogos de Tóquio. Na última atualização do ranking da Confederação, ele ocupava a 2ª posição.

Adiamento da Olimpíada

A esperança de Bernardo é que o novo coronavírus perca força nas próximas semanas para que a etapa do Mundial em Berlim, na Alemanha, não seja cancelada. A competição ocorre no fim de junho. Nela, o time brasileiro irá tentar conquistar uma vaga na competição por equipes, o que permitiria outras três vagas.

Caso esta etapa também seja cancelada, Bernardo defende que o correto seria adiar os Jogos Olímpicos.

“O que ia determinar de fato (a vaga) são as competições internacionais. Estava até comentando com companheiros de equipe, é um banho de água fria. A gente se prepara mentalmente, prepara o equipamento… E do nada não vai ter mais. É muito estranho. Acredito que se começar a prejudicar a classificação para os Jogos, acho que é prudente pensar em outra data, adiar um pouco. Se a preparação for prejudicada, é desleal até para a competição, que perde o nível técnico”, avalia Bernardo.

COI acha “prematuro” adiar

Na sexta-feira (20/03), o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, rechaçou a possibilidade do adiamento da Olimpíada por considerar cedo para tal decisão. “Para nós, não seria responsável hoje e seria prematuro entrar em especulações e tomar uma decisão”, disse o presidente em uma entrevista ao jornal norte-americano The New York Times

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