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Novak Djokovic tem visto negado para entrar na Austrália sem vacina

Djokovic ficou até 1h15, horário de Austrália, sendo interrogado por oficiais da Força da Fronteira Australiana em uma sala do aeroporto

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Andy Cheung/Getty Images
Djokovic Austrália
1 de 1 Djokovic Austrália - Foto: Andy Cheung/Getty Images

Ao tentar entrar na Austrália nesta quarta-feira (5/1) – quinta-feira (6/1), no fuso horário australiano –, Novak Djokovic teve o visto negado horas antes de pousar em Melbourne, por volta de 23h30, horário de lá. As informações são do jornal do país The Age.

O sérvio, que afirmou na terça (4/1) ter recebido autorização para disputar o Australian Open mesmo sem a vacina contra a Covid-19, ficou até 1h15 sendo interrogado por oficiais da Força da Fronteira Australiana em uma sala do Aeroporto Tullamarine, em Melbourne.

Uma fonte do governo federal relatou que havia dúvidas de que Djokovic tinha a documentação adequada para provar o motivo da liberação, que deve ser apresentada na fronteira por quem não está imunizado contra o novo coronavírus. No visto entregue pelo tenista não constava a isenção pela falta da vacina.

A ministra Jaala Pulford informou que a Força Fronteira buscou apoio do governo de Vitória, estado onde está localizado Melbourne, para facilitar a entrada do sérvio na Austrália. No entanto, o pedido das autoridades federais foi rejeitado.

Uma porta-voz da Força Fronteira falou sobre as alegações de Pulford: “A ABF não solicitou o visto do governo de Vitória. A ABF entrou em contato com o governo de Vitória para validar suas declarações públicas sobre o apoio à entrada dele e se o estado tinha mais informações relacionadas à documentação de isenção médica dele ”, disse ela.

Este posicionamento do governo do estado sobre o visto de Djokovic reflete o conflito entre o atleta, os ministros e as autoridades de Vitória. Além disso, mostra a preocupação deles de serem vistos ajudando Djokovic a disputar a competição, mesmo com a não divulgação do motivo da liberação do atleta.

Durante a noite, Jaala Pulford publicou no Twitter que o governo de Vitória não vai apoiar o pedido de visto de Djokovic: “O governo federal perguntou se apoiaremos o pedido de visto de Novak Djokovic. Não forneceremos apoio individual para solicitação de visto para participar do Australian Open de 2022”.

“Sempre fomos claros em dois pontos: a aprovação de vistos é uma questão do governo federal e as isenções médicas são uma questão dos médicos”, complementou ela.

A ministra de Assuntos Internos, Karen Andrews, afirmou que “qualquer indivíduo que pretenda entrar na Austrália deve cumprir nosso rígidos requisitos de fronteira”. “Embora o governo de Vitória e a Tennis Australia possam permitir que um jogador não vacinado participe do Australian Open, é o governo da Commonwealth que fará cumprir nossas exigências na fronteira australiana”, explicou.

O governo de Vitória e Tennis Australia teriam pedido para Djokovic explicar publicamente o motivo de ter recebido a liberação médica sem a vacina. Segundo a organização do torneio, a maioria dos pedidos de isenção partiu dos jogadores ou oficiais que testaram positivo para a Covid-19 nos últimos seis meses. Fontes que não quiseram se identificar acreditam que a liberação tenha sido concedida por esse motivo.

Posicionamento do primeiro-ministro

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse que o tenista “deve fornecer provas aceitáveis de que não pode ser vacinado por razões médicas”. “Se essa evidência for insuficiente, ele não será tratado de forma diferente por ninguém e estará no próximo avião para casa – sem que haja um tratamento especial para Djokovic“, constatou.

Morrison explicou ainda que a liberação foi de responsabilidade do governo de Vitória. “Eles deram a ele uma isenção para vir à Austrália e, então, agimos de acordo com essa decisão. Os estados fornecem isenções para as pessoas entrarem… e isso tem acontecido nos últimos dois anos.”

Djokovic publicou a notícia da isenção em seu Instagram: “Passei um tempo de qualidade fantástico com pessoas amadas nas férias e hoje estou viajando para a Austrália com uma permissão de exceção. Vamos 2022!”

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