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Árbitro recorda final entre Nadal e Federer em 2008: “Histórica”

Jogadores fizeram partida antológica, com direito a pausas por chuva e jogo terminando quase ao anoitecer, com vitória do espanhol

atualizado

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The Championships – Wimbledon 2008 Day Thirteen
1 de 1 The Championships – Wimbledon 2008 Day Thirteen - Foto: Getty Images

O francês Pascal Maria foi o juiz de cadeira da final de Wimbledon de 2008, entre o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal, e recorda com carinho daquele duelo, que será reeditado nesta sexta-feira (12/07/2019) na grama londrina, desta vez pelas semifinais. Pascal foi o árbitro central de 14 finais de Grand Slams e nove da Copa Davis e encerrou a carreira no fim de 2017, podendo se orgulhar de ter feito parte de um dos jogos mais lembrados do esporte e que para muitos é o capítulo principal da rivalidade “Fedal”.

“A minha lembrança é grande, foi uma partida histórica, um dos grandes duelos da história do tênis, como vocês da imprensa observaram desde aquela época”, declarou o ex-juiz em entrevista exclusiva à Agência Efe.

Pascal voltou a Paris após vários dias de reuniões em Londres, algo que faz parte de seu novo trabalho, ser o responsável pela área internacional da Federação Francesa de Tênis.

“O tênis foi muito bom, a atmosfera que o rodeou foi especial. Eu me lembro perfeitamente, como se fosse ontem. Foi uma partida para os anais do tênis, porque o jogo foi incrivelmente bom”, recordou, com entusiasmo.

Em 2008, Federer e Nadal dominavam o circuito. O suíço, então número 1 do mundo, vinha de cinco títulos seguidos na grama londrina e chegou à final sem perder sets. O espanhol, que era segundo colocado no ranking, ainda almejava o primeiro troféu do torneio mais tradicional do tênis.

Federer havia batido Nadal nas duas finais anteriores na capital britânica, mas em 2008, num jogo interrompido duas vezes por causa da chuva, o “Touro Miúra” se consagrou ao derrotar o rival por 3 sets a 2, com parciais de 6/4, 6/4, 6/7, 6/7 e 9/7.

“Os jogadores foram muito bem, mas do que mais me lembro é que o jogo foi de quatro horas, um duelo histórico (4h48min), que todo mundo lembra e que não desgastou ninguém. E o melhor que pode acontecer para um árbitro é que ninguém se lembra de nada ruim relacionado a ele”, comemorou o ex-juiz, que não pôde contar com o desafio eletrônico no jogo em questão.

“O Hawk-eye não funcionou, e os jogadores tiveram que acertar as decisões. Tive que dizer isso a eles, mas é uma situação comum. O bom é que ninguém se lembra do do jogo por isso”, afirmou.

Pascal se disse um apaixonado por tênis e externou o orgulho que tem da própria trajetória dentro da modalidade. “Fiz grandes partidas e grandes finais. Como amante do tênis, você sempre quer estar envolvido de alguma maneira. Como juiz de cadeira, tinha então o melhor lugar do estádio”, brincou.

Nesta sexta-feira, Nadal e Federer se enfrentarão pela primeira vez em Wimbledon desde a partida histórica. Desde então, o espanhol foi campeão do terceiro Grand Slam do calendário também em 2010, enquanto o suíço levantou o troféu em 2009, 2012 e 2017.

“Independentemente de ser uma semifinal ou final, adoraria fazer parte disso, porque sou um amante do tênis. Esse tipo de partida é o que um juiz busca durante toda a carreira. É o mesmo que a partida entre Nadal e (Nick) Kyrgios pela segunda rodada deste ano, que foi uma das melhores. Gostaria de ter estado lá”, disse Pascal, que se recusou a apontar um favorito para se classificar.

“Não posso fazer isso, só desejo que seja uma boa vitória”, finalizou.

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