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Sobrenatural e futebol: veja casos em que a mandinga entrou em campo

Tão famoso quanto o próprio bater na bola, as superstições sempre acompanharam o futebol

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Kácio Pacheco / Metrópoles
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1 de 1 vidente - Foto: Kácio Pacheco / Metrópoles

Na última semana, uma vidente previu que um avião que transportaria o  Flamengo sofreria uma queda. Quando a mística vai de encontro ao futebol, não são somente essas visões que viralizam entre os fãs do esporte mais popular do mundo.

Quem nunca viu uma equipe colocar sal grosso no estádio para evitar uma sequência de derrotas? Ou recorreu à bruxaria para ganhar um jogo ou garantir uma classificação? Ou até videntes, como no caso da última semana, para adivinhar um determinado acontecimento no futebol.

O caso Flamengo

A vidente Lene Sensitiva, em seu Instagram, abriu uma live para contar sobre uma visão que teve. Em uma de suas “sessões”, ela relatou que “viu” o avião que traria o time carioca de volta ao Brasil cair, resultando em uma tragédia. A origem seria a Argentina, local em que o Rubro-negro venceu o Defensa y Justicia por 1 x 0, na partida de ida das oitavas de final da Libertadores.

O “problema” seria Gabigol, que carregava, naquele momento, uma energia muito pesada. Assim, ela implorou, mandou mensagens pedindo que o camisa nove não fosse escalado.

No dia seguinte, dia da partida, ela mudou sua versão. Disse que a tragédia só aconteceria se o Flamengo retornasse ao país de origem na madrugada, após o jogo. A aeronave chegou tranquila, no horário previsto. O craque brasileiro, assim como Marcos Braz, vice-presidente dos cariocas, zombou de Lene.

“Aterrisamos, avisa pra ela”, provocou o dirigente.

Kiricocho

Quem não se lembra da famosa de Kiricocho, que é usada para “zikar” os adversários? Tudo começou na Argentina, nos anos 1980, quando Carlos Bilardo, técnico campeão do mundo em 1986 com a seleção nacional, comandava o Estudiantes. 

Bilardo ficou sabendo de um conto, dentro do próprio clube, que a presença de um torcedor em específico sempre ocasionava em um acontecimento desagradável para sua equipe. Normalmente, lesões. Esse era Kiricocho.

A ideia do treinador foi utilizar toda a mística do cidadão a seu favor. Então, o combinado foi colocar a “arma secreta” para recepcionar todos os times que chegassem para enfrentar o Estudiantes.

E adivinha o resultado? Os Pincharratas foram campeões nacionais. Perderam apenas uma partida, a única em que o famoso torcedor não acompanhou os adversários, o Boca Juniors.

Na temporada seguinte, o técnico argentino foi treinar o Sevilla. Para sua surpresa, ele ouviu um famoso grito vindo da arquibancada. Maradona e Simeone confirmaram que o grito era comum: Kiricocho.

Então, a expressão virou sinônimo de azar e é utilizada até hoje para trazer a sorte ao lado de sua equipe. 

O exemplo mais recente foi Chielini na final da Eurocopa. Quando Saka correu para a bola, o capitão italiano gritou, a todo pulmão, Kiricocho. O final da história, todos conhecemos. O jovem inglês perdeu a cobrança que deu o título para a Azurra.

O grito Kiricocho já rodou o mundo do futebol. A seleção mexicana utilizou na final das Olimpíadas de 2012 (como mostra o vídeo no Twitter), além de atletas como Dybala e Haaland.

Bruxos, xamãs e amuletos

Em 2017, na final da Sul-Americana contra o Flamengo, o Independiente recorreu a um famoso Bruxo argentino para levantar o troféu. Para quem acredita, a artimanha deu certo: os argentinos conquistaram o torneio, vencendo em Avellaneda e empatando no Brasil.

Em 2018, após uma longa seca sem se classificar para a Copa do Mundo, há exatos 36 anos, o Peru conseguiu a classificação para a Rússia. Em algumas ocasiões, como antes do jogo contra a Nova Zelândia, na repescagem, diversos bruxos e xamãs fizeram seu trabalho na porta do estádio. Mesmo com a eliminação após vencer apenas uma partida, contra a Austrália, o Peru desfrutou do gostinho de participar da competição mais importante do mundo após longo período.

O último caso é sobre uma história que aconteceu em Ruanda, um país na África, em 2016. A partida era entre o Mukura Victory e o Rayon Sports, favorito à vitória. Pois foi aí que o goleiro do Mukura, que jogava em casa, se aproveitou de um artefato da sorte. Ele enterrou o objeto ao lado de uma das traves, a fim de obter uma certa “vantagem”. Se a história entrou nesse especial, você já imagina o desfecho da história. 

A bola não entrava de jeito nenhum e o time da casa vencia por 1 x 0. Porém, o que ele não contava é que seus adversários sabiam do segredo. Na primeira oportunidade que teve, um jogador do Rayon roubou o amuleto. Após muita confusão, o Mukura conseguiu recuperar. 

Mas, foi na segunda tentativa, que o jogo virou. Literalmente. Sem o artefato, o Rayon chegou ao empate no último lance, aos 52 minutos do segundo tempo.

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