Nadador brasileiro suspenso por doping culpa liquidificador. Entenda
O exame antidoping detectou que Calvelo fez uso de drostanolona, um anabolizante injetável usado para aumento de potência muscular
atualizado
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André Calvelo, nadador brasileiro de Santos (SP), foi suspenso pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD) por doping nessa segunda-feira (5/7), logo depois de ter vencido a seletiva olímpica brasileira nos 100m livre. O atleta testou positivo para um anabolizante injetável e colocou a culpa no liquidificador que divide com a namorada.
O exame antidoping detectou que Calvelo fez uso de drostanolona, um anabolizante injetável usado para aumento de potência muscular, o mesmo que causou a suspensão de Anderson Silva em 2015. A substância é conhecida como “bomba” de academia, usada por quem quer ficar “rasgado” mais rápido. Segundo o Código Mundial Antidoping, o uso dela prevê suspensão de 4 anos.
No processo, o nadador justificou que a droga era consumida por sua namorada em forma líquida e ele dividia o liquidificador com ela para preparar as suas bebidas. Dessa forma, então, de acordo com ele, a substância acabou sendo ingerida por André acidentalmente. A desculpa, no entanto, não convenceu o tribunal, que decidiu aplicar a punição máxima ao atleta.
Assim, Calvelo irá perder duas olimpíadas: a de Tóquio-2020 e a próxima, de 2024, em Paris. Com a sua suspensão, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) usou uma regra inédita e chamou Gabriel Santos, 9º nas eliminatórias para nadar sozinho uma “final”.
Ele atingiu o índice necessário e conquistou a classificação para disputar os 100m livre nos Jogos de Tóquio-2020. Pedro Sparjari ocupou a outra vaga, terminando a seletiva em 2º, e o revezamento 4×100 terá Marcelo Chierighini e Breno Correia.
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