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“Mulher-Maravilha” imobiliza assediador: “Devia ter batido mais”

Maria Ribeiro, atleta da academia CM System, diz se arrepender de não ter quebrado o braço do homem

atualizado

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Divulgação/Brave
Lutadora Maria Ribeiro
1 de 1 Lutadora Maria Ribeiro - Foto: Divulgação/Brave

Lutadora profissional de MMA desde 2016, Maria Ribeiro não se intimidou, no último domingo, ao se deparar com um assediador quando saía de casa para ir ao supermercado.

O episódio aconteceu em Sinop, no Mato Grosso. A “Mulher-Maravilha”, como Maria é conhecida nas artes marciais, se preparava para entrar no carro quando um homem passou por elas de bicicleta, com o órgão genital para fora, se masturbando. Inconformada, ela foi atrás do indivíduo pelas ruas do bairro. A lutadora estava acompanhada da cunhada e de uma amiga.

“Ele passou se masturbando. Comecei a xingar de safado, de vagabundo. Entrei no carro e começamos a perseguição. Desci do carro, ele partiu de bicicleta e fui atrás, correndo, descalça, e o encontrei do outro lado. Eu dei dois tapas na cara dele. Fui de soco, de tudo. Dei um cruzado no queixo, e ele caiu. Fui para cima dele. Não tinha como…ele queria me chamar de doida na frente de todo mundo, disse que era trabalhador, mostrou as mãos calejadas”, contou, em entrevista ao Combate.com.

“Eu estava transtornada, foi uma coisa que não imaginava passar nunca na vida. Quando ele caiu no chão, pensei: ‘Vou quebrar o braço desse vagabundo’. Aí as pessoas começaram a me segurar, falaram que eu perderia a razão e não deixaram. Ele ficou com a boca sangrando. Estou arrependida, pois não bati tanto que poderia batido”, finalizou a atleta do peso-mosca (até 52kg).

Já foi solto

Na segunda-feira, Maria Ribeiro foi à Delegacia da Mulher para se inteirar da situação e ficou revoltada ao saber que o assediador já está livre. “Se eu soubesse que ia ser solto, teria espancado para ele não conseguir nem andar. Dá nojo, pavor desse tipo de gente, porque é assim que começa. É o primeiro estágio do estupro. Espero que tenha aprendido uma lição, que pegue medo de fazer um “trem” desses.

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