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MPF pede condenação de Júlio Cocielo por racismo contra Mbappé

Caso condenado, pena pode ser de até cinco anos de prisão; caso ocorreu durante a Copa do Mundo de 2018

atualizado

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Julian Finney/Getty Images
Cocielo, Mbappé, racismo - Metrópoles
1 de 1 Cocielo, Mbappé, racismo - Metrópoles - Foto: Julian Finney/Getty Images

O Ministério Público Federal (MPF), pediu nesta quarta-feira (3/1), a condenação de Júlio Cocielo, influencer com mais de 37 milhões de seguidores nas redes sociais, por conta de publicações consideradas racistas no antigo Twitter, atual X, entre os anos de 2011 e 2018. Em uma das postagens, Cocielo cita o atacante francês Kylian Mbappé, jogador da Seleção Francesa.

O MPF identificou nove vezes em que Cocielo teria feito a prática de preconceito racial. Entre os mais famosos está uma frase direcionada para Mbappé durante a Copa do Mundo de 2018:

“Conseguiria fazer uns arrastão top na praia, hein”, escreveu o influencer.

Outras postagens como  “o Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas, mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros” e “nada contra os negros, tirando a melanina…”, vieram à tona e foram citadas pelo MPF no processo.

Após a repercussão negativa, Cocielo apagou cerca de 50 mil publicações de seu perfil no X e postou um pedido de desculpas. “A gente só precisa prestar atenção nas estatísticas. Por exemplo, muito negro morre sendo confundido com bandido. No meu caso, a minha ignorância foi combatida com conhecimento. Sem querer, espalhei o ódio”, disse Cocielo na época.

“Ainda que o réu seja humorista, não é possível vislumbrar tom cômico, crítica social ou ironia nas mensagens por ele publicadas. Pelo contrário, as mensagens são claras e diretas quanto ao desprezo do réu pela população negra”, destacou o procurador da República João Paulo Lordelo, em novembro deste ano.

“O réu, sem qualquer sutileza, reforça estereótipos da população negra – miseráveis, bandidos e macacos – não havendo abertura, em seu discurso, que permita entrever alguma forma de sátira (…) Não é humor; é escárnio”, diz ainda o MPF.

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