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Vice do Atlético-MG: “Não pode ter campeão por fax”

UOL promoveu debate entre jornalistas e dirigentes do futebol brasileiro para discutir o futuro da modalidade em meio à pandemia

atualizado

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Em debate promovido pelo UOL, dirigentes de futebol e jornalistas esportivos discutiram qual o futuro da modalidade em meio à crise causada pela pandemia de coronavírus. Participaram da conversa Marco Aurélio Cunha, coordenador de futebol feminino da CBF; Renato Mauricio Prado e Vinicius Mesquita, jornalistas; e Lásaro Cândido, vice-presidente do Atlético-MG.

Para o dirigente do Galo, declarar como campeão os atuais líderes dos campeonatos “é uma coisa inacreditável”. Ele afirmou: “Já fizemos, em tempos anteriores, o famoso troféu por fax. Clubes foram campeões duas vezes no mesmo ano. Não tem lógica nenhuma, e eu estou falando com o Atlético em terceiro. Seria uma vergonha um clube ser declarado campeão, dar volta olímpica, sendo que você encerrou a competição muito antes de sua conclusão”.

“Na minha opinião não faz o menor sentido discutir Estadual. Entendo a situação de MG, mas imagina o Paulista que ainda tem todo o mata-mata. As pessoas estão falando em maio ou junho e julho, mas depois do final da paralisação, do isolamento, ainda terá que dar tempo para os jogadores entrarem em forma. Não consegue voltar em 30 de junho e jogar. Precisará ao menos 15 dias. Não consegue começar no minuto seguinte. Tenho até medo que nem o Brasileiro consigamos fazer. A não ser que mude, um turno e mata-mata curto com quatro primeiros. Não vai ter datas”, disse Prado.

“O campo da incerteza é gigante. Não sabemos como a pandemia vai declinar, ter pico de contágio, liberar as ações da vida social. Ficamos comentando o que gostaríamos. Maio, junho, julho… Não temos certeza. É irreal. Estamos há um século sem saber o que é uma pandemia, como se comportará hoje. Eu acho que, sim, será difícil acomodar as datas e terminar os campeonatos como gostaríamos”, declarou Marco Aurélio.

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