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Funcionários do Santos denunciam casos de racismo e de assédio moral

Denúncias acontecem logo quando o clube recebeu o jovem Luiz Eduardo, criança que sofreu racismo em Goiás

atualizado

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No mesmo dia em que recebeu a visita do menino Luiz Eduardo Bertoldo Santiago, de 11 anos, vítima de racismo em um torneio de futebol infantil no interior de Goiás, o Santos viu funcionários denunciarem um suposto caso de racismo e de assédio moral dentro de sua própria estrutura.

De acordo com o site ESPN.com.br, dois funcionários fizeram denúncias ao presidente Orlando Rollo. Uma delas partiu de uma mulher negra, do departamento de recursos humanos. Ela diz ter sido humilhada por Luiz Eduardo Silveira, superintendente administrativo e financeiro da gestão atual.

A outra denúncia foi feita por um advogado do clube, contra Roberto Rabelato, gerente de controladoria do clube. O homem, que é negro, afirmou que o gerente abriu uma sala em que ele estava e disse: “Aqui é a senzala”. Ambos os denunciantes pediram para não terem seus nomes revelados na reportagem.

A direção do Santos avisou que vai levar os casos à Divisão de Inquérito e Sindicância para apurar as denúncias.

Presidente eleito do Santos, Andres Rueda, cobrou “apurações aprofundadas” sobre os dois casos. “Aguardamos o posicionamento da atual gestão do clube e esperamos apurações aprofundadas sobre esses casos de discriminação”, disse o presidente. “Não será tolerado nada nesse sentido e esperamos que providências enérgicas sejas tomadas pela atual gestão.”

Nesta quarta, o Santos recebeu a visita de Luiz Eduardo Bertoldo Santiago, que virou assunto nas redes sociais nos últimos dias por ter sido vítima de um caso de racismo. O garoto conheceu o CT Rei Pelé, tirou foto com os jogadores do Santos, o técnico Cuca e ganhou camisas, chuteiras e outros produtos do clube.

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