metropoles.com

Ex-namorada de Maradona revela ter sofrido abuso na presença da mãe

Em entrevista, a cubana Mavys Álvares, que começou a namorar com o craque argentino aos 16 anos. falou das agressões sofridas

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução / Instagram
Mavys Álvarez
1 de 1 Mavys Álvarez - Foto: Reprodução / Instagram

Mavys Álvares, ex-namorada cubana de Diego Maradona, revelou nesta quinta-feira (18/11) ter sofrido abusos no relacionamento que começou quando tinha 16 anos.

Ao portal de notícias “Infobae“, Mavys disse que chegou a ser estuprada pelo ex-jogador, com sua mãe atrás da porta chorando sem poder fazer nada. O episódio teria acontecido em Cuba, no ano de 2001, quando tinha 17 anos.

“Maradona cobriu minha boca para que eu não gritasse, para não dizer nada, e ele abusou de mim. Minha mãe veio me ver naquele dia na casa onde estávamos em Havana e Diego não quis abrir a porta do quarto para ela. Minha mãe bateu e ele não abriu. Ele me estuprou. Foi o que aconteceu”, afirmou a ex-companheira, que informou ter declarado as agressões sob juramento em tribunal.

Durante a entrevista, Mavys contou porque só trouxe a história à tona 20 anos depois. Além de sua filha ter 15 anos, idade próxima a que tinha quando namorou Maradona, a cubana quis esclarecer alguns pontos a partir de uma reportagem do próprio Infobae sobre o relacionamento dela.

A entrevista foi concedida em Buenos Aires, local onde ela esteve em 2001 com Diego, mas sequer conheceu a cidade, já que ficou a maior parte do tempo presa em um quarto de hotel. Ao menos dessa vez, ela sorriu ao dizer que conheceu bairros como Puerto Madero e Puente de la Mujer.

“Eu não tinha visto Buenos Aires. Eu não conhecia. Não saí do hotel. Fiquei presa praticamente o tempo todo. Eu fui sequestrada. (…) Eu encontrei um novo país. Tudo era novo”, afirmou. Questionada se pudesse definir em uma palavra sua estadia na Argentina 20 anos atrás, ela respondeu “traumático”. “Traumático, porque eu vi muitas coisas… Eu estava trancada, não podia sair, dependia de todos para tudo e ninguém fazia nada para eu me sentir bem”.

Mavys contou que teria ido à Argentina para uma partida em homenagem ao jogador argentino, mas que acabou ficando mais tempo por uma exigência do craque para que ela fizesse uma cirurgia. “Ele não gostava de seios pequenos. Ele queria que eu tivesse os seios maiores”.

A ex-namorada falou sobre momentos agressivos de Dieguito quando estava alterado sob efeito de álcool e drogas. Por mexer no celular dele, Mavys disse que levou um tapa e foi ameaçada de morte.

“Outra vez ele me arrastou escada abaixo da casa até o quarto porque estávamos em uma discoteca e, sem querer, dei um soco nas costas dele. Dançando, eu bati nele, sem intenção. E ele ficou muito violento. Ele me empurrou para fora da boate, me colocou no carro, me levou para casa e me arrastou escada acima pelos cabelos. Foi difícil”.

0
Uso de drogas

Durante o período em que esteve com Maradona, Mavys Álvares começou a usar drogas sob influência do então namorado.

“Um dia, ele me deixou uma linha de cocaína feita. Então, ele me explica o que era aquela droga e me diz que o ajudou a ficar acordado para aguentar a noite em uma discoteca ou para lhe dar energia. Que era muito bom, que lhe fazia muito bem, que se sentia muito bem com isso, que não o deixava ficar deprimido. Disse a ele que não estava interessada, mas ele insistiu. Todos os dias ele insistia um pouco mais”. explicou.

“Um dia, ele sai de viagem e me deixa um prato com duas riscas já preparadas para eu consumir. (…) Eu não toquei em nada. Ele voltou (…) e ficou furioso. (…) No final, ele insistiu tanto que eu experimentei. Posso dizer hoje que era de má qualidade porque não senti nada”, acrescentou.

A então jovem moça disse que se viciou ao experimentar cocaína pura. Disse que chegou a ter arritmia quando exagerou no consumo. Certa vez, num carro, ela disse que não conseguia respirar direito, e percebeu ali que estava “viciada”.

Passados 20 anos, Mavys afirma que se arrependeu de ter se relacionado com Maradona. Ela ressalta que, apesar da miséria em Cuba, nunca passou fome, pois sua mãe e avó sempre garantiram comida na mesa.

 

 

 

 

 

Compartilhar notícia