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Está de volta a maior competição de E-sports entre favelas do mundo

Organizada pela Cufa e patrocinada pelo Itaú Unibanco, Taça das Favelas de Free Fire tem inscrições abertas até 18 de outubro

atualizado

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1 de 1 Flamengo-eSports - Foto: Twitter/Reprodução

As inscrições para a terceira edição do Taça das Favelas Free Fire vão até a próxima terça-feira (18/10). O campeonato é organizado pela Central Única das Favelas (Cufa) com patrocínio do banco Itaú. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do evento (acesse aqui).

Assim como na edição anterior, o torneio será dividido em etapas estaduais e nacional, e promete reunir cerca de 50 mil jogadores de favelas dos 26 estados e do Distrito Federal.

Os inscritos vão passar por uma triagem das Cufas locais, que escolherão os melhores jogadores para formar as seleções de cada favela. A inscrição, portanto, é individual e não garante automaticamente a participação.

O torneio seguirá para uma fase de disputas estaduais, em 26 de outubro, quando as favelas vão buscar a classificação para a etapa nacional. As equipes vencedoras de cada estado se classificam para a etapa nacional, transmitida on-line nos canais oficiais do campeonato em 11, 12 e 13 de novembro.

As vice-campeãs entrarão em uma fase de repescagem, até que sejam definidas as nove equipes que também avançam. “A partir de 13 de outubro, estaremos recebendo as inscrições para o maior campeonato de Free Fire entre favelas do mundo. Mais uma forma que a Cufa cria de mostrar que favela é potência”, comemora Marcus Vinícius Athayde, diretor da Taça das Favelas Free Fire.

Mato Grosso do Sul

Em 2021, a favela Nhanhá (MS) foi a grande campeã do torneio que reuniu cinco mil favelas e 80 mil jogadores. Na primeira edição, em 2020, quem levou a melhor foi a favela Divinéia (PR). O Free Fire é o jogo mais popular do Brasil, mas ainda é restrito para muitos jovens que moram em periferias, apesar de também ser uma plataforma de ascensão social para gamers e streamers de regiões carentes.

 “O mercado de games é um vetor de transformação social que muda a vida de muita gente. O campeonato nos permite impulsionar a carreira de jogadores ao mesmo tempo que fomentamos a economia criativa das favelas, já que a Taça recruta talentos para trabalhar em outras frentes do projeto, como produção e captação e transmissão do torneio, aumentando as possibilidades profissionais dos jovens, que passam a atuar não só jogando, mas também em outras frentes que fazem parte da indústria “, exalta Luiz Alberto Fiebig, Head de Games, Esports e Metaverso do Itaú.

Ascenção social

De acordo com pesquisa encomendada pelo Itaú, o mercado de games é uma meta para 96% dos jovens ouvidos pelo estudo. A motivação está na possibilidade de ascensão social que enxergam na profissão.

Já para 29%, ser jogador profissional é o maior sonho da vida – acima, inclusive, de ter uma casa própria. A precariedade do acesso à internet é apontada como principal fator de dificuldade para a realização desse sonho.

Sobre a CUFA

A Cufa é uma organização social brasileira presente em 5 mil favelas do Brasil. A entidade existe há mais de 20 anos e trabalha com esportes, formação de lideranças, empreendedorismo, educação, lazer, cultura e cidadania.

Por conta do conhecimento sobre esses territórios, a central criou uma rede de proteção que impactou mais de 17 milhões de pessoas em todo o Brasil. A organização está presente e atua nos 26 estados e no Distrito Federal. O TOP CUFA, a Taça das Favelas e a Taça das Favelas de E-sports são algumas iniciativas que marcam a história da instituição.

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