Com campeonato já definido, F1 tenta trazer emoção para os EUA

A Fórmula 1 encontrou a tempestade perfeita no ano passado, com um campeonato disputado do início ao fim e o sucesso da série Drive to Survive, da Netflix. Como resultado, viu o interesse e a audiência das suas corridas crescer, nos EUA, culminando no maior público já visto em uma corrida da Fórmula 1 à época, que aconteceu justamente em Austin, no Texas, em 2021 (mais de 400 mil pessoas, recorde batido pelo GP da Austrália deste ano). Para a edição da corrida desta temporada, a situação é um pouco diferente.

Austin será a primeira corrida após Max Verstappen ter confirmado o seu bicampeonato no Japão, concluindo uma temporada em que a competitividade passou longe. Além disso, a audiência de Drive to Survive não foi a mesma das primeiras temporadas.

O GP dos EUA, em Austin, Texas, acontece neste domingo (23/10), a partir das 15h30, com transmissão da Band.

O campeonato

Max Verstappen se sagrou bicampeão da Fórmula 1 com quatro corridas remanescentes no calendário. Um desempenho impressionante, de 11 vitórias em 18 corridas até o momento. O domínio de Verstappen e da Red Bull ficou ainda mais destacado em comparação com o desempenho dos rivais. A Ferrari foi vítima dos próprios erros, enquanto a Mercedes, após anos de domínio, nunca conseguiu acertar o seu carro a partir das novas regras vigentes.

O treino classificatório

Carlos Sainz garantiu a pole position, com o tempo de 1min34s356, e foi acompanhado de Charles Leclerc, seu companheiro de equipe, na primeira fila pela tabela de tempos. No entanto, o monegasco perdeu dez posições no grid por trocar componentes de seu carro (motor e turbocompressor), e sai em 12º.

Com isso, Max Verstappen, da Red Bull, atual campeão mundial, ficou com a 2ª posição, enquanto o outro piloto da equipe austríaca, Sergio Pérez, marcou o 4º melhor tempo, mas também recebeu penalidade, de cinco colocações, por substituição de partes do veículo, e caiu para 9º. Lewis Hamilton e George Russell, da Mercedes, subiram para 3º e 4º com as modificações na classificação e dividem a segunda fila.

Detalhes do circuito

Distância: 5.513m
Recorde em corrida: 1min36s169 (Charles Leclerc, Ferrari, 2019)
Número de voltas: 56
DRS – 2 zonas
Detecção antes da curva 11/ Ativação na reta oposta
Detecção antes da curva 19/ Ativação na reta principal
Pneus disponíveis: C2 (duros), C3 (médios) e C4 (macios)

Resultado em 2021
Pole position: Max Verstappen (HOL/Red Bull) – 1min32s910

Pódio:
1º Max Verstappen (HOL/Red Bull) – 1h34min35
2º Lewis Hamilton (ING/Mercedes) +1s333
3º Sergio Perez (MEX/Red Bull) +42s223

Curiosidades do circuito

Uma das medidas claras do crescimento de popularidade da Fórmula 1 nos Estados Unidos é o número de GPs realizados no país: além de Austin e Miami, Las Vegas será o local de uma corrida a partir da temporada 2023.

Apesar de o campeonato de 2022 já estar decidido, o Grande Prêmio dos EUA já foi o local de diversas decisões de título: Jack Brabham, em 1959; Jochen Rindt, em 1970; Emerson Fittipaldi, em 1974; Niki Lauda, em 2015; e Lewis Hamilton, em 2015 e 2019.

Hamilton, aliás, é o maior vencedor em solo americano, com seis conquistas de lugar mais alto do pódio. Apesar disso, ele não vence desde 2017. Kimi Raikkonen foi o vencedor em 2018, Valtteri Bottas, em 2019, e Max Verstappen, 2021.

GP dos EUA em 2021

O GP dos EUA do ano passado foi bastante simbólico do que foi a temporada 2021 da Fórmula 1. Lewis Hamilton e Max Verstappen batalharam do início ao fim, se alternando na liderança. A Red Bull, no entanto, foi melhor na sua estratégia, mandando seus dois pilotos para os boxes na frente e garantindo vantagem no undercut.

Bottas fez falta no jogo de equipe. O finlandês recebeu uma punição de cinco posições por trocar um dos componentes do motor. Dessa forma, Verstappen garantiu a vitória, com Perez em terceiro lugar.