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O que Jade, Deolane e outros famosos têm a ganhar em realities?

Especialista aponta que, mesmo seguidos por milhões de pessoas, famosos vão atrás da visibilidade. Estratégia tem riscos

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Deolane Bezerra
1 de 1 Deolane Bezerra - Foto: Reprodução

O ano era 2020. Pela primeira vez, o Big Brother Brasil montava um elenco que unia anônimos e famosos na disputa pelo prêmio de R$ 1,5 milhão. A edição consagrou Thelma Assis campeã, mas deu a Manu Gavassi, Rafa Kalimann, Bianca Andrade e outras figuras já conhecidas do público o verdadeiro prêmio: visibilidade.

Com milhões de seguidores nas redes e ainda mais próximos de seu público, o elenco do primeiro Camarote do BBB20 saiu do programa com contratos milionários, convites para estrelar campanhas e muitas possibilidades para multiplicar a premiação conferida pela emissora. O mesmo ocorreu com Jojo Todynho, por exemplo, que além de vencedora de A Fazenda, em 2020, é uma das atuais apostas da Globo.

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Retirar filtros dos famosos já havia se provado uma fórmula exitosa em realities da Record e do SBT, por exemplo, mas nada como nos últimos anos, em que a internet assumiu o protagonismo do mercado publicitário — mesmo que as trajetórias como a de Karol Conká, no Big Brother, e a de MC Gui, em A Fazenda, levem a questionamentos sobre o que a ex-BBB Jade Picon, a atual fazenda Deolane, e até Virgínia Fonseca, que ainda não participou de nenhum reality, teriam a ganhar ou perder confinados.

A pesquisadora em comunicação digital da Universidade de São Paulo (USP), Issaaf Karhawi, explica que há mais prós que contras a ser considerado por artistas ao receber o convite de alguma emissora.

“O ponto é: a televisão permite extrapolar as bolhas do digital. Mesmo somando centenas de milhares de seguidores nas redes, ou milhões, a própria dinâmica de funcionamento das plataformas acaba limitando o alcance do influenciador. A televisão é uma forma de chegar em novas audiências que depois podem migrar para os perfis pessoas dos participantes”, analisa.

Na avaliação da especialista, estar na TV confere status. Em um momento em que há uma infinidade de celebridades digitais, o aval da TV seria uma maneira de obter certa distinção e prestígio. “O exemplo da Bianca Andrade é excelente nesse sentido. Ela já era uma grande influenciadora digital, com marca de beleza própria, contratos com grandes empresas, mas fica clara a ampliação de sua visibilidade e penetração na rotina diária de consumo das pessoas depois de sua participação no BBB”, diz.

Riscos da exposição

Issaaf pondera que sempre há riscos de se expor na TV, mas ao mesmo tempo o reality show gera uma sensação de autenticidade, de que ali o influenciador mostrará o que tem de mais genuíno, sem edições, sem filtros.

“E o discurso da autenticidade é tido como importante nas dinâmicas do digital. Ou seja, há uma potencialização dessa percepção de autenticidade por meio do confinamento e da superexposição do reality show”, explica.

“Ali, o influenciador é mais um participante e, diferente do que faz em suas redes diariamente, ele não tem nenhum controle da edição do programa e da narrativa. A gestão de imagem, que é pressuposto profissional dos influenciadores digitais, deixa de ser possível em um reality show. Perde-se o comando da imagem construída e do storytelling contado nas redes. Muitas vezes, inclusive, há até disparidades entre esses elementos”, explica.

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