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Monica Iozzi sobre Brasília: “Usam assédio sexual como assédio moral”

Durante entrevista no programa Conversa Com Bial, a atriz relembrou seus anos de trabalho na capital do país

atualizado

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Gshow/Reprodução
Monica Iozzi sorrindo de cabelo castanho curto - Metrópoles
1 de 1 Monica Iozzi sorrindo de cabelo castanho curto - Metrópoles - Foto: Gshow/Reprodução

Monica Iozzi esbanjou talento na última quarta-feira (12/7), ao abrir o programa Conversa com Bial cantando “Como Nossos Pais”. Durante a entrevista, que relembrou a infância e o início da carreira da atriz, Bial achou curioso o fato de ela fazer dois trabalhos seguidos “contracenando” com o diabo.

Tratam-se do seriado “Vade Retro”, com Tony Ramos interpretando Abel Zebu, e do filme “A Comédia Divina”, previsto para estrear em setembro, com Murilo Rosa no papel do diabo.

“Acho que os diretores pensam assim: ‘hum, ela trabalhou quatro anos em Brasília, fez bastante laboratório, viveu num ambiente diabólico por muito tempo'”, brincou Monica.

Ao relembrar seu primeiro trabalho como repórter no CQC, depois de ser selecionada entre 28 mil candidatos, ela deu três dicas para o “manual de sobrevivência na capital federal”. “Respire pela boca. Os corredores do Congresso são de carpete, não tem ar condicionado, é aquela temperatura”, começou.

Em seguida, ela contou sobre as dificuldades de ser mulher naquele local. “Saiba lidar com as cantadas pesadas, que podem te ofender e machucar”, disse. “Eles [políticos e assessores] usam o assédio sexual como assédio moral. Não é porque ele está a fim de você, mas ele tenta te diminuir, te pôr no lugar de objeto, então você tem de se colocar muito”, declara Monica.

Por fim, a atriz disse que é preciso estudar muito para ser repórter em Brasília. “A gente tem mania de falar que todo político é corrupto – e a maioria é –, mas tem muita gente boa que se esforça lá dentro”, afirma.

Carreira
Monica Iozzi disse que, desde a infância, quis ser atriz e contou alguns trabalhos que fez na escola e ao se formar em Artes Cênicas. “Mas minha carreira nunca foi pelo caminho que eu acreditava”, conta ao relembrar da seleção para o CQC e, depois, como apresentadora do Vídeo Show.

Sobre atuar ao lado de Tony Ramos, ela elogiou os mais de 50 anos de carreira do ator e contou como ele a ajudou durante as gravações de Vade Retro. “O Tony é muito acima da média. Quando vi que ia contracenar com ele, fiquei muito nervosa, mas ele me abraçou desde o início e dava apontamentos muito precisos”, diz.

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