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Médica que desistiu de eutanásia diz: “Estava matando minha família”

O reencontro com o ex-noivo foi o divisor de águas para Letícia desistir de colocar um fim em sua vida

atualizado

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TV Globo/Reprodução
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1 de 1 leticia-franco - Foto: TV Globo/Reprodução

Recentemente, o caso de uma médica brasileira com doença terminal que resolveu optar pelo suicídio assistido tomou conta dos jornais em todo o mundo. Letícia Franco foi diagnosticada em 2010 com Asia Síndrome, com estimativa de vida de nove anos. Após desistir da eutanásia, a oftalmologista foi ao Conversa com Bial para contar sua história.

Sem perspectiva de melhora ou cura, após muitos tratamentos e internações, inclusive um coma de quase seis meses, a médica decidiu pelo suicídio assistido após ver o impacto que a doença estava gerando nas pessoas próximas a ela. “A dor e o sofrimento não eram só meus. Parecia que eu estava matando minha família. Foi aí que decidi não prolongar mais isso, para ninguém sofrer”, explicou Letícia.

Após encontrar uma clínica suíça que poderia realizar o procedimento, a mãe da oftalmologista desistiu de acompanhar a oftalmologista durante a viagem. “Ela perguntou como ia conseguir levar uma filha dela para morrer. Foi um momento de desespero meu. O medo da doença voltar e morrer com dor, no hospital, cheia de tubos”, contou a médica.

Letícia fez um post de despedida nas redes sociais, e o ex-noivo, Guilherme Viñe, se comoveu com o texto. O casal se reencontrou e a médica adiou a viagem para a Suíça. “A gente se distanciou porque ela tinha ido estudar fora do Brasil, mas nunca deixamos de nos gostar”, contou o rapaz no programa. “Não consegui ir embora e a gente decidiu se casar”, disse Guilherme.

A atração comandada por Pedro Bial aproveitou a presença de Letícia para falar sobre os cuidados paliativos no fim da vida, e contou com a presença de Elfriede Galera, a Frida, uma paciente com câncer metastático. Devido a diversos erros médicos, ela teve um diagnóstico tardio de câncer de mama. A convidada explicou que a metástase ocorre quando o câncer primário se espalha para outros órgãos vitais por meio da corrente sanguínea.

Frida conta que ouviu diversas vezes “não tem mais jeito”. No entanto, está viva há oito anos com qualidade de vida. Para ela, a sociedade tem medo de falar da morte.

Também participou do programa Ana Claudia Quintana, uma geriatra atuante em cuidados paliativos. A médica disse ter ficado chocada com a apatia diante do sofrimento das pessoas que foi obrigada a encarar durante a faculdade. “Quando perguntava o que fazer quando o paciente estava morrendo com muita dor, me diziam que não havia o que fazer”, explica.

De acordo com explicação de Ana, cuidado paliativo é uma área dedicada a oferecer cuidado integral a uma pessoa que se encontra diante de uma doença terminal. “Você cuida do sofrimento físico, emocional, social, espiritual e familiar para que essa pessoa possa ter um sentido de qualidade de vida e dignidade”, esclareceu a geriatra.

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