Humberto Carrão diz que foi atacado de verdade em cena com figurantes
Ator interpreta Caco Barcellos na série Rota 66, baseada em livro homônimo sobre violência policial
atualizado
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Humberto Carrão sentiu na pele o que é ser jornalista no Brasil atual. Na pele de Caco Barcellos, o ator gravou uma cena de Rota 66 no centro de São Paulo em que é atacado por figurantes. Entretanto, pedestres que não faziam parte do elenco também hostilizaram a gravação, surpreendendo o protagonista da série do Globoplay.
“Foi triste perceber que a figuração que tinha que jogar coisas em mim e me xingar logo contaminou quem estava passando em volta, então rolou um momento pesado de muita gente xingando”, ponderou Carrão, em entrevista ao programa Conversa com Bial, da Globo.
Humberto Carrão é atacado em cena de Rota 66, série do Globoplay, em que interpreta Caco Barcellos
Humberto Carrão é atacado em cena de Rota 66, série do Globoplay, em que interpreta Caco Barcellos Globo/Reprodução
Humberto Carrão como Caco Barcelos em Rota 66
Humberto Carrão interpreta Caco Barcellos na série Rota 66 Divulgação
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O ator revelou que estudou muito para fazer o personagem Vans Bumbeers
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Humberto Carrão e Caco Barcellos Reprodução/Instagram
A cena, ambientada em uma São Paulo de 30 anos atrás, não ocorreu na época, mas foi incluída para alertar o público sobre a violência sofrida por jornalistas como Caco Barcellos, que foi hostilizado em protestos políticos nos últimos anos.
“Eu sou um ator e estava interpretando um jornalista. De certa forma, acho que muita gente percebeu e estava xingando também a gravação. São dois grupos que recentemente têm sofrido bastante com ataques, os artistas e os jornalistas. Foi duro, um momento tenso, a gente fez de novo e não tem problema, mas é viver na pele o que o Caco vive na rua”, contou Carrão.
Baseada no livro-reportagem Rota 66, de Caco Barcellos, a série do Globoplay mostra os bastidores da atuação do jornalista na investigação de crimes cometidos pela Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), espécie de “tropa de elite” da polícia de São Paulo, entre as décadas de 1970 e 1990.
