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Erika Januza, Ludmilla e Formiga falam sobre racismo no Altas Horas

No Dia Nacional da Consciência Negra, as três famosas falaram sobre o preconceito a Serginho Groisman

atualizado

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Reprodução/Instagram
Formiga, Ludmilla e Erika Januza
1 de 1 Formiga, Ludmilla e Erika Januza - Foto: Reprodução/Instagram

O 20 de novembro é marcado como o Dia Nacional da Consciência Negra. E, para comemorar a data, Serginho Groisman recebeu a jogadora de futebol Formiga, a cantora Ludmilla e a atriz Erika Januza para compartilharem suas lutas e experiências com o racismo.

Vivendo na pele de Laila em Verdades Secretas 2, Erika relembrou um episódio marcante sobre preconceito. “Na vida, foram tantas coisas, desde que me entendo por gente. Já aconteceu de um entregador de jornal me ver chegando na casa de um namorado e falar: ‘Entrega para o seu patrão’. E eu disse: ‘Ele é meu namorado, mas pode deixar que eu entrego’. Me marcou muito esse fato”, lembrou.

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Ela também não deixou de encorajar outras pessoas a falarem sobre o racismo. “E o tempo todo estou alerta, esperando alguma coisa acontecer. Mas com a cabeça erguida, pronta para me defender e defender quem está por perto. O importante é não se calar. Não deixo passar”, disse a atriz.

Ludmilla também aproveitou o espaço para relatar uma lamentável história que aconteceu durante uma premiação. “Comigo, infelizmente, foram várias situações chatas, mas uma foi em público. Na hora em que eu estava subindo para pegar um prêmio de melhor cantora, começaram a me vaiar e a me chamar de macaca. Foi horrível, doeu muito, me marcou. O saudoso Paulo Gustavo estava lá para me defender”, explicou.

À época, ela não ficou parada e fez um boletim de ocorrências. “Fiquei sem palavras, estava emocionada de receber aquele prêmio importante e logo vieram esses racistas jogar ódio. Depois, tinham muitos comentários do mesmo tipo nas redes sociais, aí fui em uma delegacia no Rio de Janeiro. Tem gente respondendo até hoje”, lembrou Ludmilla.

A jogadora de futebol Formiga também deu seu depoimento, e revelou a forma didática como ela tratou um caso de preconceito. Aos 43 anos, a volante da seleção brasileira, que está se despedindo do grupo em que jogou por 26 anos, se disse feliz por servir de inspiração para tanta gente.

Antes de jogar uma bolinha com Ludmilla, Formiga também contou que passou por uma situação durante uma partida e tirou satisfação com os agressores.

“Acabei vivenciando uma situação com minha companheira. Fomos jogar em Caçador e tinham dois rapazes na arquibancada, fazendo gestos para ela, chamando de negra fedida. Aquilo me machucou muito. Quando acabou o jogo, eu saí e eles pediram para tirar foto. Então conversei com eles, disse que aquilo que estavam fazendo fere a alma!”, frisou a atleta.

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