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Crítica: The Last of Us usa monstros para falar de luto e humanidade

The Last of Us, nova série da HBO Max, é uma abordagem sobre a grandeza das relações humanas, focadas em Joel e Ellie

atualizado

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Joel e Ellie em The Last of Us
1 de 1 Joel e Ellie em The Last of Us - Foto: Divulgação

The Last Of Us, série que estreia neste domingo (15/1), na HBO Max, a partir das 22h, já chega carregado de responsabilidades. Afinal, o histórico de adaptações de videogames não é, exatamente, favorável. Mas, vindo de alguém que nunca jogou o game, posso te recomendar: respire aliviado, a nova série é uma produção audiovisual interessante.

Usar zumbis para discutir questões sociais e políticas não é, exatamente, uma novidade. Isso está presente no seriado da HBO Max, porém, The Last of Us se aproxima de outra produção do canal: Station Eleven. O foco dos criadores Craig Mazin e Neil Druckmann é discutir as relações humanas, com foco maior em Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey).

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Nessa jornada, o seriado consegue cumprir seu objetivo. A cada episódio, a relação entre os dois personagens vai ganhando novas camadas (da repulsão à compreensão, do medo ao encantamento, do luto à abertura). Tudo isso, é claro, ocorre em meio a um cenário de destruição, desde que o fungo cordyceps transforma a humanidade em infectados (zumbis-cogumelos) e sobreviventes.

Mas, mesmo que seja interessante o esforço de criar uma justificativa mais plausível para o surgimento dos zumbis, The Last of Us não é sobre os monstros, é, em essência, sobre o nascer da humanidade em um cenário de dor, luto e desolação – e não deixa de ser curioso que seja lançado nos atos finais da pandemia de 2022, mesmo que o game esteja aí há muito mais tempo.

A presença de Pedro Pascal no elenco, no papel de Joel, o responsável por guiar Ellie faz lembrar a relação de Mandaloriano e Grogu – mesmo que, aqui, diferente da série de Star Wars, a coisa seja mais complexa e profunda. Porém, ver a ligação das duplas ganhar novos contornos é a melhor experiência dos seriados.

Vale destacar, igualmente, que o design de produção do seriado é um destaque: o mundo desolado é bastante convincente (e, aqui, pedi ajuda aos amigos do mundo do game, que me confirmaram ser uma adaptação visual correta). Mais legal é conhecer isso tudo pelos olhos de Ellie, com Bella Ramsey trazendo o ar de surpresa e espanto ao conhecer o mundo fora dos muros de contenção.

Não consigo afirmar se The Last of Us é uma boa adaptação de um game. Porem, afirmo sem medo, ser uma ótima série sobre luto, amor e seres humanos.

Avaliação: Ótimo

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