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Chico Pinheiro foi chamado por Ali Kamel após áudio a favor de Lula

Em entrevista ao UOL, ex-jornalista da Globo disse que a sua intenção era animar os colegas, em sua maioria, de esquerda

atualizado

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Chico Pinheiro citando Emicida
1 de 1 Chico Pinheiro citando Emicida - Foto: null

O jornalista Chico Pinheiro, que deixou a Globo recentemente, após 32 anos no jornal, falou sobre o polêmico áudio de sua autoria, que vazou de um grupo fechado de funcionários da Globo no Whatsapp em 2018. Nele, Chico comentava a prisão do ex-presidente Lula.

“Realizaram o fetiche. O fetiche deles era Lula na cadeia. Não foi feito do jeito que eles queriam, mas o Lula foi. E agora? O que vão fazer agora? Como é que fica? Qual é o próximo passo? Que o Lula tenha calma e sabedoria, inspiração divina para ficar quieto”, disse o jornalista no áudio. “A direita está louca. Os coxinhas estão perdidos”, completou.

Em entrevista concedida aos repórteres Fabíola Cidral, Josias de Souza e Maurício Stycer, do UOL, o veterano do jornalismo lembrou o episódio e contou que a sua intenção era animar os colegas, que eram, em sua maioria, de esquerda. “Quis dar um alento. O grupo estava choroso, tinha muita gente de esquerda”, explicou. “Aí vazaram, um grupo passou para o outro. Achei um absurdo que uma coisa vaze”, disse.

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Após o vazamento, Chico foi chamado para uma conversa com o diretor de jornalismo, Ali Kamel. Ele diz que esperava “esperando algum tipo de punição”, mas que Kamel se mostrou “solidário”. “Ele abriu a porta, estendeu a mão e disse: ‘Fizeram com você uma baita sacanagem’. E acrescentou que fui ingênuo ao fazer o comentário num grupo de WhatsApp”.

Pinheiro contou que Kamel pediu mais cuidado com o que o jornalista compartilhava, visto que ele não falava só por ele, mas também pela empresa. “E depois disso veio um alerta, uma recomendação para jornalistas não se manifestarem, mesmo nas redes sociais, politicamente, de maneira que pudesse comprometer a linha editorial e as posições da empresa. É a lei Chico Pinheiro. Virei nome de lei, mas não houve [punição], foi um tratamento muito respeitoso”, completou.

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