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2015 em cinco espetáculos: as melhores peças vistas na capital, segundo o “Metrópoles”

Entre produções locais e visitantes, Brasília teve um ano bom nos palcos, coroado com mais uma edição do Cena Contemporânea

atualizado

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Vitor Zorzal/Divulgação
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Pode-se dizer que 2015 foi um ano bom para o teatro em Brasília. Em relação à produção local, uma boa amostra foi dada na edição do Cena Contemporânea, que incluiu desde espetáculos de veteranos, como os irmãos Guimarães (“Hamlet — Processo de Revelação”), à estreante Juliana Drumond (“Desbunde”).

Diferentes gerações, aliás, mantiveram em movimento a cena local. Hugo Rodas reafirmou sua posição de figura essencial para o teatro brasiliense, e o jovem Gael Studart revelou ousadia ao transpor para o palco o universo de Pedro Almodóvar com o seu “Mata! Mata! Mata-me, Amor!”. A eles se juntaram espetáculos vindos de fora em auspiciosas temporadas.

Confira os destaques do que passou pelos palcos da cidade, na opinião do Metrópoles:

Contrações (foto no alto)
Premiadas pela Associação Paulista dos Críticos de Arte por seu trabalho em “Contrações”, as atrizes Yara de Novaes e Débora Falabella chegaram a Brasília sob altas expectativas. Cumprindo temporada em março no CCBB, elas se apresentaram no auge da forma e do entrosamento, valendo-se do convívio pessoal e profissional de longa data para levar ao limite este texto do inglês Michael Bartlett, um sádico exercício de humor negro sobre força de trabalho e alienamento.

Fio a Fio
Durante duas décadas, Giselle Rodrigues esteve afastada dos palcos, limitada às coxias como diretora e coreógrafa. Fundadora dos grupos EnDança e baSirah, ela parecia esperar um grande momento para o retorno. Na companhia do amigo Édi Oliveira em cena e sob auxílio de Kenia Dias na direção, Giselle fez de “Fio a Fio” uma longa, melancólica e por vezes extenuante fantasia sobre o envelhecimento físico e emocional. Pequenos acontecimentos poéticos, à meia luz, marcam este espetáculo de dança.

Esperando Godot
Texto fundador do teatro moderno, “Esperando Godot” ganhou breve temporada brasiliense sob responsabilidade da companhia irlandesa Smock Alley. Durante um único fim de semana de setembro, no pequenino Teatro II do CCBB, esta montagem devolveu Samuel Beckett (1906-1989) ao seu desconsolo e à sua nudez originais. Sempre lido e relido com mil maneirismos, inventado e reinventado aos sabores das modinhas e das afetações contemporâneas, Godot aqui respirou solto e selvagem como que pela primeira vez.

Punaré e Baraúna
Retomando a experiência nos coletivos Pitú (anos 1970) e Companhia dos Sonhos (já nos anos 2000), o mestre Hugo Rodas encontra uma nova geração de atores/criadores na Agrupação Teatral Amacaca (ATA). A primeira peça, “Ensaio Geral” (2012), já dava conta do processo criativo coletivo: cada um defendia em cena um texto de autores como Carlos Drummond, Hilda Hilst e Charles Chaplin. O conjunto heterogêneo de monólogos era amarrado por performances físicas e pela música feita ao vivo pelos próprios artistas. Tal expediente ganhou contornos de estilo nesta livre leitura de “Cansaço – A Longa Estação” (2012), romance de Luiz Bernardo Pericás.

Quando o Coração Transborda
Ao homenagear o pai, Ary Pára-Raios, e a sua trajetória na companhia Esquadrão da Vida, a atriz e diretora Maíra Oliveira acabou prestando um tributo também ao próprio teatro com o monólogo “Quando o Coração Transborda”. No palco, ela expõe sua relação com Ary, como pai e como mestre, por meio de memórias e reflexões sobre o fazer teatral e sua importância no momento atual.

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