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Novo diretor da Ancine defende governo Temer e rechaça manifestações

No Festival de Berlim, o cineasta Marcelo Gomes reclamou do “governo ilegítimo” e mostrou apreensão pela troca na diretoria da estatal

atualizado

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Rogerio Resende/Divulgação
Sergio Sa Leitao
1 de 1 Sergio Sa Leitao - Foto: Rogerio Resende/Divulgação

Ao ser escolhido pelo ministro da Cultura, Roberto Freire, para ser diretor da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Sérgio Sá Leitão sabia que seria obrigado a lidar com uma situação bastante peculiar. Ao longo do último ano, muitos membros do setor cultural brasileiro protestaram publicamente contra o governo Michel Temer.

No último Festival de Cannes (França), que ocorreu em maio de 2016, a equipe do filme “Aquarius” subiu ao tapete vermelho munido de cartazes que acusavam a existência de um golpe de estado no Brasil. Nesta quinta-feira (16/2), foi a vez do Festival de Berlim (Alemanha) servir de palco para manifestações políticas.

Marcelo Gomes, diretor de “Joaquim”, filme brasileiro que disputa o Urso de Ouro, afirmou durante o evento que o país sofria por conta das medidas de um “governo ilegítimo”, em alusão à gestão Temer. O cineasta, em seguida, leu uma carta assinada pelos profissionais do país expressando apreensão pela troca na diretoria da Ancine.

Porém, nada disso pareceu atingir Sérgio Sá, que vê as mudanças como algo positivo. “O que está na agenda do governo é manter o que há de bom e o que gerou resultados positivos na política cultural implementada nos últimos anos e aperfeiçoar”, disse em entrevista ao portal UOL.

Além disso, ele negou a existência de ameaças ao setor. “Na minha visão, não há, na realidade brasileira, nenhuma ameaça à ordem democrática presente e muito menos à política de audiovisual”.

Apesar de ter experiência na área – Sérgio Sá foi diretor da Ancine em 2007 e 2008, além de presidir a RioFilme entre 2009 e 2014 –, entidades como Associação Brasileira de Documentaristas do Rio de Janeiro e o Movimento Reage, Artista! repudiaram sua nomeação.

De acordo com as instituições, Sérgio foi responsável por “personalismo, concentração de poder e perseguição aos realizadores cariocas”. Em resposta a eles, o futuro diretor da Ancine – ele terá que ser sabatinado pelo Senado antes – afirmou que pretende resolver justamente as demandas atuais do setor. “Há problemas e há propostas para resolver, simplificar, otimizar e, com isso, maximizar os resultados da política audiovisual.”

 

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