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Paulo Gustavo cede Instagram para Djamila Ribeiro debater relações raciais

Pensadora terá acesso aos 13 milhões de seguidores do humorista na rede social. Ela promete compartilhar autores e ideias sobre o tema

atualizado

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Djamila Ribeiro e Paulo Gustavo
1 de 1 Djamila Ribeiro e Paulo Gustavo - Foto: null

O ator e humorista Paulo Gustavo é um fenômeno nas redes sociais, com mais de 13,5 milhões de seguidores no Instagram. A potência de alcance do artista, agora, será utilizada para dar voz ao combate ao racismo: ele cedeu, até julho, sua plataforma para a filosofa Djamila Ribeiro.

“Gente, diante dessa realidade tão brutal, no mês de junho, meu Instagram será totalmente dedicado a abordar as questão raciais no Brasil! Portanto, resolvi ceder minha conta do Instagram a escritora e ativista Djamila Ribeiro, que vai trazer conteúdos muito importantes pra todos nós! Me sinto na obrigação de ajudar e o meu melhor posicionamento será de escutar e aprender”, disse Paulo Gustavo.

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Djamila Ribeiro, uma das principais vozes na luta antirracista no Brasil, também comentou a atitude.

“Ainda processando o que foi ontem, gostaria de compartilhar com vocês essa notícia histórica: o querido Paulo Gustavo, entendendo lugar de fala como uma postura ética, numa atitude, arrisco dizer, inédita nesse país, convidou-me para ocupar sua página, com mais de 13 milhões de seguidores, pelo mês de junho”, falou Djamila.

A pensadora promete compartilhar vídeos sobre relações raciais e reflexões sobre o racismo. “Apresentarei autoras e autores que vêm falando sobre esses temas, bem como iniciativas importantes. Só tenho a agradecer ao Paulo Gustavo por esse posicionamento consciente. Lugar de fala é isso: como eu, do meu lugar social, posso impactar para a equidade do grupo em condições sociais desfavorecidas? A ação de Paulo Gustavo nos convoca a novas possibilidades”, conclui Djamila.

A ação é uma resposta aos movimentos antirracistas que têm tomado às ruas dos Estados Unidos, do Brasil e de outros países. No combate às práticas violentas da polícias, pessoas brancas têm sido cobradas para também participar da luta.

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