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O Exorcista: O Devoto se enrola e decepciona com roteiro confuso

Nesta quinta-feira (12/10), O Exorcista: O Devoto chega ao cinemas e é tratado pelo produtor James Blum, como uma continuação do clássico

atualizado

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Cena do filme O Exorcista: O Devoto, de James Blum - Metrópoles
1 de 1 Cena do filme O Exorcista: O Devoto, de James Blum - Metrópoles - Foto: Divulgação

Chega aos cinemas, nesta quinta-feira (12/10), o filme O Exorcista: O Devoto. Dirigido por David Gordon Green e com James Blum, James G. Robinson e David Robinson como produtores, o longa é tratado como uma homenagem e uma continuação do clássico O Exorcista (1973), um marco para o gênero terror.

Entretanto, muito diferente do que aconteceu com o primeiro filme da saga, a obra de 2023 tem bons momentos, em sua primeira parte, mas acaba se perdendo com diversas pontas soltas e um roteiro para lá de confuso. A produção peca ao tentar se inserir no universo O Exorcista.

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Ellen Burstyn, que deu vida à mãe de Regan, a possuída no filme O Exorcista, volta à obra. Hoje, ela tem 90 anos de idade. Outra coisa que Blum utilizou para ligar as duas obras foi o demônio que possui Angela e a sua amiga Katherine.

Antes de darmos mais detalhes, é importante dar uma ambientada para vocês entenderem as motivações para o filme. A obra começa mostrando um casal no Haiti. A mãe de Angela, que estava grávida, morre após um terremoto.

Os médicos do local conseguem salvar apenas o bebê. Eis que, anos depois, já adolescente, a criança tenta fazer contato com a mãe, ao lado da amiga Katherine, mas tudo acaba dando errado. E é aí que os acontecimentos se iniciam.

O início da produção é muito bom e digno da “história” que o filme carrega. A diferença entre as famílias de Angela e Katherine é muito clara e trabalhada de maneira eficiente. Enquanto Victor Fielding, interpretado por Leslie Odom Jr., pai de Angela é cético, os pais de Katherine são muito religiosos e costumam frequentar a igreja.

Vale destacar a apresentação das diversas religiões no filme, cada uma com suas particularidades, ritos e crenças. Outro ponto que Green acerta é nas transições das cenas na primeira parte da produção. Há uma no hospital, que eu não vou te dar spoilers, que é enche os olhos dos amantes do gênero.

Tudo ia bem, mas…

As atuações estão em bom nível, porém, os elogios terminam por aqui. Isso porque a sequência de O Exorcista: O Devoto parece meio confusa e com várias pontas soltas.

A presença de Ellen Burstyn é simplesmente superficial e poderia ser descartada. Como uma representante do clássico de 1973, ela não é muito explorada pelos produtores e pouco faz no novo longa.

Mesmo com alguns sustos, feitos pelos famosos jump scares ou até mesmo com elementos clássicos do gênero de terror, as inovações prometidas por James Blum se perdem em acontecimentos clichês e com poucas explicações.

Por levar O Exorcista no título, Green não consegue representar a franquia de maneira digna e acaba pecando em aspectos importantes. O final se torna uma espécie de palestra motivacional com uma mensagem de como as pessoas devem conviver em sociedade.

Em um determinado momento, você só espera as cenas de exorcismos e torce para que elas aconteçam logo.

Avaliação: Ruim

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