metropoles.com

RBD: Alfonso Herrera revela exploração e trauma por mortes no Brasil

Ator mexicano recusou participar de turnê mundial com ex-colegas do RBD, com 8 shows no Brasil

atualizado

Compartilhar notícia

Alfonso Herrera viveu Miguel em Rebelde (Reprodução: Instagram)
Alfonso Herrera viveu Miguel em Rebelde (Reprodução: Instagram)
1 de 1 Alfonso Herrera viveu Miguel em Rebelde (Reprodução: Instagram) - Foto: Alfonso Herrera viveu Miguel em Rebelde (Reprodução: Instagram)

Fora da turnê mundial do RBD, Alfonso Herrera expôs insatisfações e até trauma no Brasil provocados durante o auge do grupo mexicano, formado na novela mexicana Rebelde.

Em entrevista reveladora, o ator voltou a justificar a ausência no reencontro por estar satisfeito com a atual fase da carreira e disse que foi explorado pela rede mexicana Televisa, produtora da novela, ao ceder sua imagem para vender produtos e fazer shows sem receber quase nada.

0

“É melhor que paguem a eles por todas as m… que se meteram durante tantos anos. Não tem a ver com dinheiro, mas com o que é o justo”, afirmou Poncho ao jornal espanhol El País, desabafando sobre a exploração de seu trabalho no RBD.

“Quando se fala da Televisa e do que foi Rebelde… foi duro, porque cedemos os direitos dos personagens, a imagem e tudo que virou ações de merchandising e não vimos a cor do dinheiro. Eu tinha 23 ou 24 anos e via a cara dos meus companheiros e a minha vendendo biscoitos, chicletes, brinquedos, cadernos, tênis, lápis e nada. A TV não foi justa, e não tem a ver com o dinheiro, mas com o trabalho. Fizemos um show em Los Angeles para 63 mil pessoas, por exemplo, e me pagaram 18 mil pesos (R$ 5 mil, na cotação atual)”, desabafou.

O intérprete de Miguel em Rebelde assegura que, apesar das críticas, sua relação com a Televisa é positiva.

Na entrevista, ele ainda citou a morte de três fãs brasileiros, pisoteados durante uma sessão de autógrafos em São Paulo, em fevereiro de 2006, o que lhe traumatizou até hoje.

“Até hoje sinto um pouco de medo quando vou a um lugar onde há muita gente. Nos apoiávamos porque não tivemos apoio psicológico para lidar com essa situação. Foi muito duro. Anos depois, voltamos ao Brasil, conhecemos os familiares e o pai de uma das meninas que perderam a vida. Este evento me marcou de uma maneira muito profunda e, por mais que tente dar a volta por cima, ele está lá”, confessa.

Compartilhar notícia