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Primeiro grupo de rap gay do Brasil fará show em Brasília

Quebrada Queer surgiu de repente e, em menos de uma semana, repercutiu no YouTube. Em 16 de setembro, eles estão em Brasília

atualizado

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Reprodução/Instagram
Quebrada Queer
1 de 1 Quebrada Queer - Foto: Reprodução/Instagram

Cinco jovens gays de São Paulo não esperavam, no fim do ano passado, que suas vidas mudariam da noite para o dia. Tchelo Gomez, Guigo, Murillo Zyess, Harlley e Lucas Boombeat seguiam carreira solo, mas o destino decidiu juntá-los no grupo Quebrada Queer.

O sucesso dos artistas começou com a música que dá nome ao grupo, publicada no YouTube em junho deste ano. Na rede social, o videoclipe acumula mais de 1,5 milhão de visualizações, e o triunfo dos amigos não para por aí.

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De acordo com Guigo, um dos integrantes, a agenda do grupo está crescendo aos poucos, e, no mês de setembro, o Quebrada fará sua primeira turnê, em Salvador, entre os dias 5 e 10 de setembro. Logo após, no dia 16, os músicos estarão em Brasília.

Contudo, para conquistar os holofotes não foi nada fácil. Para se tornar o único grupo de rap gay do Brasil, os integrantes precisaram passar por cima de críticas dentro até mesmo da comunidade LGBTQ+.

Para barrar o preconceito, Guigo conta que a união dos amigos foi fundamental nesse início de carreira. “A mensagem principal do Quebrada é a união. As pessoas precisam se abrir para o diferente, porque a gente consegue conviver melhor em sociedade”, destaca o cantor.

Ameaças de morte

Nem todos entendem o recado do rap feito pelo grupo e ameaças de morte chegaram a aparecer nas redes sociais de Guigo. “Quando recebi essas ameaças, morria de medo de contar para os outros. Um dia não aguentei e mandei mensagem para o Tchelo”, desabafa o rapaz.

Com o apoio dos colegas de trabalho, o Quebrada agora é sinônimo de resistência. “A gente fala sobre religião, homofobia, questões raciais. Tentamos mostrar que podemos abrir espaço para o novo e, quando isso acontece, você se abre tanto para você quanto para os outros”, diz Guigo.

Família e trabalho

A princípio, de acordo com Guigo, a família dos amigos não curtiu muito a ideia de um grupo musical. “Para a família, é difícil apoiar porque o mundo da música é muito instável, os pais querem que os filhos tenham um futuro mais seguro”, explica o artista. Ele concluiu, porém, que atualmente o Quebrada tem total apoio dos entes queridos.

Sobre o progresso na carreira, Guigo revela que o grupo pretende lançar um EP no final do ano. Ainda cantando músicas da carreira solo de cada um nos shows, o Quebrada quer ter cinco canções conjuntas.

O sonho pode se realizar muito rápido, já que a coletividade, antes composta por cinco jovens, ganhou um sexto integrante recentemente. Apuke, a única mulher, é a produtora e ainda atua como DJ. Além disso, a jovem é uma das poucas mulheres beatmakers (quem faz batida das músicas) do país.

Na última segunda-feira (3/9), Quebrada Queer lançou sua segunda música, Pra Quem Duvidou. Confira o videoclipe:

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