Daniela Mercury mostra último encontro com Gal Costa: “Te amo”
“Estou partida ao meio”, escreveu a canta baiana, ao compartilhar um vídeo em que aparece com Gal, nos bastidores de um show
atualizado
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Conterrânea de Gal Costa, a baiana Daniela Mercury usou as redes sociais para fazer uma última homenagem a Gal Costa, que morreu aos 77 anos nesta quarta-feira (9/11). A cantora de axé postou um vídeo em que aparece ao lado de Gal em um camarim e se declarou.
“Esse foi nosso último encontro pessoalmente. Gal sempre arrebatadora no palco e nos camarins. E agora me pergunto: como viver sem Gal? Estou partida ao meio. Minha amiga. Saudade. Te amo”, escreveu.
Em 2021, Daniela e Gal gravaram a canção Quando o Carnaval Chegar. A canção fala sobre a expectativa para a chegada da festa, em uma época marcada pela pandemia de Covid-19.
Esse foi nosso último encontro pessoalmente. Gal sempre arrebatadora no palco e nos camarins. E agora me pergunto: como viver sem Gal? Estou partida ao meio. Minha amiga. Saudade. Te amo. ❤️ #GalCosta #RIPGalCosta #danielamercury pic.twitter.com/lIyDScGzF3
— Daniela Mercury (@danielamercury) November 9, 2022
Trajetória de Gal Costa
Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em Salvador, na Bahia. Ela começou a cantar na adolescência, em festas escolares; ainda jovem, Gal trabalhou em uma loja de discos, onde conheceu a bossa nova.
Em 1964, ela se juntou a Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Zé e outros, no espetáculo Nós, Por Exemplo, que inaugurou o Teatro Vila Velha, em Salvador.
A primeira gravação se deu no disco de estreia de Maria Bethânia (1965): o duo Sol Negro (Caetano Veloso), seguido do primeiro compacto, com as canções Eu vim da Bahia, de Gilberto Gil, e Sim, foi você, de Caetano Veloso. Ambas as obras foram lançadas pela RCA, que posteriormente se transformou em BMG (atualmente Sony BMG) – gravadora à qual Gal retornaria em 1984, com o álbum Profana.
Em 1968, Gal gravou duas músicas do álbum do Tropicália ou Panis et Circencis, lançado por ela, Caetano, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé. A cantora também esteve presente no 4º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, com a música Divino Maravilhoso, com a qual conquistou o terceiro lugar do concurso. No ano seguinte, mais dois álbuns foram lançados, Gal Costa e Gal, com músicas de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.
Durante o período de ditadura militar no Brasil, a artista tornou-se representante do tropicalismo no país. Com o álbum Fa-Tal: Gal a Todo Vapor, gravado ao vivo, a cantora reforça a sua representatividade dentro do tropicalismo, enquanto os seus parceiros Caetano e Gil estavam exilados.
Em 1993, Gal lançou o premiado disco O sorriso do gato de Alice, produzido por Arto Lindsay, com o sucesso Nuvem Negra (Djavan). A partir desse disco, produziu o show de mesmo nome, com direção de Gerald Thomas; a apresentação causou polêmica após a cantora aparecer com os seios à mostra enquanto entoava a música Brasil.
Ao longo de seus mais de 55 anos de carreira, Gal lançou 43 álbuns, 12 DVDs e 16 participações especiais na televisão. Já foi indicada cinco vezes ao Grammy Latino e foi vencedora do Prêmio da Música Brasileira (2016), na categoria de Melhor Cantora.