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Boca Livre, banda brasileira que ganhou Grammy, acabou por política

Apesar de levarem o Grammy de melhor álbum de pop latino, a Boca Livre se separou após integrante se recusar a tomar vacina da Covid

atualizado

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Boca livre –
1 de 1 Boca livre – - Foto: Reprodução

O quarteto carioca Boca Livre levou o Grammy 2023 de melhor álbum de pop latino por Pasieros (2022). O grupo concorria com artistas como Christina Aguilera e o colombiano Sebastian Yatra. Porém, apesar da vitória, o grupo não está mais junto. A banda se separou por divergências políticas entre os integrantes.

O grupo integrado por Zé Renato (voz e violão), Lourenço Baeta (voz, violão e flauta), David Tygel (voz e viola caipira) e Maurício Maestro (voz, baixo, violão e arranjos) se separou em janeiro de 2021 após uma divergência entre seus integrantes em relação à vacina contra a Covid-19.

A separação foi comunicada pela ex-empresária, Memeca Moschkovich, que também se desligou. Na nota divulgada, as razões não eram esclarecidas. O texto informava apenas a saída dela, de Zé Renato e de Lourenço Baeta, agradecendo aos fãs pelo carinho. Porém, a empresária revelou em entrevista ao Portal Uai, na época, que o motivo da decisão foram as divergências políticas que tiveram a vacina como estopim.

“Eu e o Zé Renato fomos criados com as mesmas ideias, temos as mesmas filosofias e objetivos de vida. Estávamos aceitando toda essa situação e vivendo democraticamente desde 2018. Mas agora não é mais questão de lidar com democracia, é uma questão humanitária”, contou Memeca.

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“Como o Maurício (Maestro) é contra a vacina, é público nas redes sociais dele, isso vai completamente contra as nossas ideias. E aí não dá para conviver. Quando falta oxigênio no país, é muito difícil estar ao lado de uma pessoa que pensa assim. A última lei da cultura se chama justamente Aldir Blanc, que morreu de Covid-19. Então tomamos essa decisão, que não foi nada impetuosa”, finalizou a empresária.

Ainda segundo ela, o grupo vinha tentando superar as dificuldades, mas chegou ao fim por motivos maiores: “Estávamos tentando achar uma forma de conviver pela música, pela história do grupo, que é linda, mas todo mundo tem direito a mudar de opinião. Maurício reformulou as crenças dele de um tempo para cá e ele tem todo o direito de pensar o que quiser, mas se tornou uma situação insustentável, até pela própria saúde do grupo, que não teria mais como se encontrar, já que ele não vai tomar vacina”.

Foram 40 anos na estrada, com pelo menos 10 álbuns de estúdio lançados, alguns ao vivo e uma extensa lista de colaborações com grandes nomes da música brasileira. O álbum premiado foi gravado em 2011, porém, lançado apenas em 2022. Por isso, concorreu a premiação deste ano.

Entre os sucessos da banda, se destacam as canções Feito Mistério, Oriente, Pedra da Lua, Duas Praias e Correnteza.

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